Estudantes do Curso Técnico em Química do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro aprendem a extrair óleo do amendoim. O experimento vai ser apresentado durante a 29ª Semana do Saber-Fazer-Fazer que vai acontecer nos dias 27, 28 e 29 de novembro.

 A professora Lilian Avila explicou que, nas aulas de laboratório, os alunos utilizam métodos de extração de óleos vegetais com o uso do amendoim e do coco.

 O óleo de amendoim é comestível e o processo de extração não compromete as suas propriedades formadas por, principalmente, vitamina E e ômega 3, segundo a professora. O consumo da semente ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e anemia, além de auxiliar na perda de peso.

 Lilian e a estudante Mariana Tavares montaram o sistema de extração para explicar como é possível obter óleo de amendoim por processo químico. Nas aulas, o solvente utilizado é o etanol, por ser menos prejudicial à natureza.

 “O amendoim precisa estar triturado e moído sem a casca, só a semente. Preparamos um cartucho, que é um material poroso, igual ao filtro de café. É um sistema, chamado de extrator Soxhlet. Colocamos o amendoim no cartucho dentro do extrator e coloca-se o solvente num balão para aquecer até entrar em ebulição. O solvente vaporiza sobe e condensa dentro desse extrator entrando em contato com o amendoim que está moído. E, quando ele entra em contato com amendoim, ele consegue extrair esse óleo. Quando o extrator encher totalmente com o solvente, ele sinfona e retorna ao balão. Quando o solvente retorna ao balão, ele retorna junto com óleo”, descreve.

 A sinfonagem é o processo de retorno do solvente com óleo ao balão. A professora afirma que a separação dos dois componentes (solvente+óleo) pode ser feita pelo método de destilação, pois o solvente tem ponto de ebulição menor, evaporando e condensando, sobrando portanto, apenas o óleo.

 A professora afirma que os alunos também calculam as quantidades obtidas. “A cada 10g de amendoim moído, é possível obter 4,6g de óleo.”