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IV Feira de Empreendedorismo Tecnológico

Estudantes criam sites para cadastrar doador de sangue e organizar horas acadêmicas

por Vitor Carletti / Assessoria de Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 30/09/2025 14h58, última modificação 01/10/2025 11h22
As soluções tecnológicas foram apresentadas na Concha Acústica do IFF Campos Centro e encerraram a disciplina de Empreendedorismo.
IV Feira de Empreendedorismo Tecnológico

Estudantes dos bacharelados em Design Gráfico e Sistemas de Informação com professor André Uebe durante a IV Feira de Empreendedorismo Tecnológico.Foto: Vitor Carletti/ Ascom Centro

 Os projetos de sites apresentados na IV Feira de Empreendedorismo Tecnológico na noite desta segunda-feira, 29 de setembro, na Concha Acústica, do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro, surpreenderam mais uma vez ao apresentar soluções inovadoras para problemas do cotidiano.

 Ao todo, quatro propostas foram apresentadas por estudantes dos bacharelados em Sistema de Informação e Design Gráfico. Sites para cadastrar doadores e controlar os tipos sanguíneos, controlar horas acadêmicas, pedir um lanche rápido sem fila de espera e até encontrar um professor disponível à orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) compuseram o escritório de empreendedorismo e inovação durante o evento.

 As entrevistas de profissionais de saúde e campanhas urgentes por doação de sangue poderiam ser minimizadas caso o site intitulado “Hemolink” estivesse disponível, segundo o estudante de Design Gráfico Lucas Rosário.

 "É um site que busca ser uma base de dados para o Hemocentro de Campos, porque ele não só abastece o município mas também cidades vizinhas. A gente não tem esse controle do quanto tem no estoque. As campanhas acabam sendo em cima da hora. A nossa ideia é um site de fácil acesso a todo público e para pessoas que trabalham nos hemocentros. É uma forma de a gente ter uma noção dos estoques de todos os tipos de sangue”, explicou.

 Encontrar um doador de sangue pode ser tão difícil quanto um professor com a afinidade ao tema da pesquisa do graduando. Por isso, o “Te orienta”, foi criado, de acordo com o aluno de Sistema de Informação Caike Lobo.

 “Como você encontra um orientador para projetos de TCC? Tem que haver um sistema melhor para isso. Por que não criar um site simples em que você entra e procura por nome do professor, especialidade e se está disponível ou não (para orientar trabalhos de conclusão de curso)?”, questiona.

 Ainda no contexto acadêmico, o “IFFormou” viria suprir uma outra necessidade dos estudantes que é de se organizar e apresentar os certificados com as horas necessárias para pedir a colação de grau, como explica Matheus Baptista.

 “Nosso projeto tem como início uma dor nossa como alunos. Porque o que ocorre hoje é que, para cumprir as horas complementares, o aluno precisa de, ao final, juntar um número enorme de certificados para comprovar essas horas. E isso demanda uma organização pessoal muito grande. O aluno precisa de conhecer as categorias que pode pontuar e tem que ter a disciplina de ao longo do curso juntar os certificados e apresentá-los à coordenação que irá fazer a validação. A nossa intenção é ter uma plataforma que permita ao aluno visualizar isso. Um dos problemas com quais nos deparamos nesse processo é que alguns alunos, dependendo do curso, não tinham informações sobre quais categorias poderiam pontuar”, afirma.

 Entre uma aula e outra um lanche na cantina pode demorar por causa da alta demanda no intervalo. Mas o grupo do “Agiliza Aí” tem uma solução para diminuir a espera e ainda customizar médios e pequenos negócios, de acordo com o estudante de Sistema de Informação Arthur Gomes.

 “A gente pensou em uma solução em que poderíamos fazer um sistema de autoatendimento para a cantina, mas acabamos expandindo um pouco e pensamos em ser uma empresa que ofereceríamos uma solução completa para médios e pequenos negócios. Um sistema que, além do autoatendimento, poderia gerenciar todo negócio em si.”

Continuidade — A quarta edição da Feira de Empreendedorismo Tecnológico apresentou projetos, como nas anteriores, com potencial de integração ao mercado. No entanto, ainda falta essa conexão, segundo o professor da disciplina de Empreendedorismo Andre Uebe que organiza o evento.

 “Sempre os projetos surpreendem! Como que mentes conduzidas chegam a identificar problemas e buscar soluções. O grande desafio é que a coisa morre no fim do semestre. Como não deixar essas ideias morrerem? Eles fizeram uma etapa de mapeamento do projeto, desenvolveram e estão apresentando. Agora, é como captar essas ideias e transformá-las em inovação”, analisa.

 O diretor administrativo da TEC Incubadora e subsecretário municipal de Ciência e Tecnologia Henrique da Hora participou da feira com a divulgação do Desafio Inova Norte. O professor concorda com o argumento de Uebe.

 “A gente vai desenvolver habilidades e competências empreendedoras no nosso alunado. É um processo que se inicia com a disciplina e precisa dar continuidade. E qual continuidade? Pode ser uma incubadora de empresas, pode ser uma maratona de inovação que vai acontecer neste fim de semana com o Desafio Inova Norte ou pode ser a fundação de uma startup.