Grupo formado por uma estudante do Mestrado Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologias e quatro graduandas do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo apresentou um projeto de uma habitação de interesse social para Madureira, na capital fluminense, com software aberto. A Imersão em Software Livre , primeira em programas abertos para construção civil promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RJ), foi realizada de 27 a 31 de março.

   O CAU teve como parceiro na iniciativa o Solare - programa de entidades que têm por objetivo fomentar o uso e o desenvolvimento de softwares livres necessários à prática da arquitetura, urbanismo e engenharia. A participação terá um legado para o IFF que é a aplicação do princípio no campus: "A gente vai tentar aplicar essa oficina do Solare e dos softwares na Semana de Arquitetura, que vai ser em julho, pra trazer esse debate para a faculdade", adianta a mestranda Morena Gomes Braga. 

   Cerca de 50 estudantes de nove instituições participaram, em grupos com cinco integrantes. As estudantes do IFF Campus Campos Centro obtiveram Menção Honrosa, com seu projeto de um prédio, o quarto colocado na avaliação da Comissão de Ensino e Formação do CAU e da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas. Foram dois dias de capacitação e outros três para a execução do projeto. Além de Morena, integraram o grupo as graduandas Letícia Schunk Martins de Abreu, Maíra Gabrielly dos Santos Farah de Albiaes, Larissa de Bessa Schinkoeth Reis e Maria Luiza Marchetti dos Santos. 

   Aprendizados - Morena conta que não conhecia bem o movimento pelos programas abertos para computadores: "Foi interessantíssimo. Entendi que é um movimento importante até politicamente, pra gente ter acesso e não ficar na mão de grandes empresas donas dos softwares. Existem outras opções e, até como universidade, você ter a opção e não ficar à mercê de uma única empresa". 

   Na mesma linha de raciocínio, Maria Luiza comenta sobre "ter essa autonomia com os nossos projetos, de abrir ele sem ter a licença. Acho muito interessante essa questão dos softwares livres". Ela também gostou da dinâmica da atividade. "Eu gostei de ter produzido o projeto, mesmo sendo uma maratona de pouco tempo. Foi interessante ver como sob pressão a gente interage em grupo e consegue produzir um projeto". 

   Maíra Gabrielly, estudante do segundo período de Arquitetura e Urbanismo, pode observar suas colegas em estágio mais avançado, em seu primeiro projeto na faculdade. "Foi muito bom ver outras pessoas que estão mais avançadas fazendo o projeto. Pude entender melhor algumas coisas para poder agregar à faculdade".