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Estudantes de Arquitetura e Urbanismo superam desafio do banco de papel
Equipe trabalha em uma das pontes de papel (Foto: Antonio Barros/Ascom CCC)
Maio vai se consolidando como um mês de conquistas para estudantes da disciplina composição e modelos estruturais, ministrada no Curso de Arquitetura e Urbanismo, pela professora Priscila de Almeida Cardoso Santiago. Nesta segunda quinzena, os grupos, em que a turma foi dividida, apresentarão uma ponte feita com palitos de picolé, com a missão de suportar uma carga de até 80 quilos. No início do mês, foi superado o desafio do banco de papel, em que um deles recebeu uma carga de 90 quilos!
Há três anos, uma outra turma encarou o desafio, mas os resultados não foram os mesmos. Dessa vez, os banquinhos suportaram bem, com cargas maiores e sem romper a estrutura, formada por canudos de papel. A professora Priscila explica: "os alunos desenvolvem modelos reduzidos que suportem carga, mas com materiais diferentes, como papel e palitos de picolé."
Os bancos, e agora as pontes, aparentam fragilidade. Mas com o conhecimento emprestado pela engenharia à arquitetura, podem surpreender. A estudante Diovana Barreto resume o método: primeiro, monta-se o canudo. Depois, junta-se um ao outro e em seguida, cola-se as pontas. "Dessa forma que a gente conseguiu fazer, mas foi hot, foi muito trabalho". Os testes são feitos com pesos de equipamento de ginástica, da academia que funciona no Ginásio de Esportes Fernando Duncan.
Planejamento - O estudante Lucas Alexio integra um dos grupos formados na turma do segundo período para trabalhar com as peças que têm diferentes metas. Para ele, com o desafio do banco de papel "deu para aprender bastante coisa sobre estrutura. O estipulado era 50kg e nós chegamos a 80kg." O planejamento prévio faz parte do aprendizado da disciplina. Wanderson Palmares complementa as informações dos colegas: "primeiro a gente tem de traçar (projetar) a estrutura que vai fazer com os canudos, para na hora em que for montar, correr tudo certo."
Os grupos estão desenvolvendo a ponte para os testes que vão acontecer até o final do mês, com cargas elevadas. Não tem mandinga, tem técnica, como destaca Karyn Bastos, ao explicar o papel das formas geométricas que compõem as laterais da ponte. "As treliças, que são formadas por triângulos, estão contando. Essas pontas do triângulo, que chamamos de nós, fazem com que o peso seja distribuído. Não força um lugar só. Isso faz com que a ponte aguente."