O projeto Reutiliza +, elaborado por estudantes do Escritório de Arquitetura Pública do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro e Estúdio Dignifica, venceu, na categoria “Negócios responsáveis”, a 1ª edição Programa de Pré-incubação (CAU/LAB) realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.

 A disputa ocorreu em 4 de agosto, com transmissão pelo YouTube, e classificou a proposta para a apresentação final em Brasília, em 5 de setembro, na Conferência Internacional de Arquitetura.

 O Reutiliza + propõe a reutilização de materiais de construção, que seriam descartados, para construir moradias populares. O argumento é que, no Brasil, há um déficit habitacional, enquanto os lixões, aterros sanitários e terrenos baldios recebem o desperdício de cimento, vigas, concreto, argamassa e tintas de obras públicas e privadas todos os dias.

 Segundo a integrante do grupo Ana Paula Lopes, o projeto está saindo do papel depois da participação no CAU/LAB. “O projeto Reutiliza + é uma proposta em desenvolvimento, uma ideia que está saindo do papel. Por meio de ferramentas e mentorias disponibilizadas no programa de pré-incubação para arquitetos e urbanistas, o CAU/LAB, saímos do processo de ideação e ampliamos as possibilidades do que, antes, era apenas um conceito. Na etapa atual, estabelecemos parcerias com os cursos de Design Gráfico, de Engenharia da Computação e de Sistemas de Informação, para o desenvolvimento da plataforma do banco de materiais”, disse.

 Para a estudante, se órgãos públicas e empresas apoiassem projetos como o Reutiliza + a sociedade iria reduzir a poluição e a população em vulnerabilidade social poderia ter uma habitação adequada de acordo com os padrões de segurança.

 “Projetos como o Reutiliza + devem ser abraçados pelas prefeituras, porque oferecem meios para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade, promovendo dignidade e contribuindo para a redução do déficit habitacional. Ao mesmo tempo, essas iniciativas reduzem o desperdício e promovem a sustentabilidade, respondendo diretamente à demanda por melhorias habitacionais e se alinhando a diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como a ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, a ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis e a ODS 1 – Erradicação da Pobreza, de forma que ganham escala suficiente para transformar comunidades inteiras”, conclui.