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Fabricação de catracas por alunos irá trazer economia de até R$ 870 mil ao IFF Campos Centro

por Vitor Carletti / Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 24/05/2019 18h25, última modificação 04/06/2019 17h32
Alunos do curso de graduação de Sistema de Informação elaboraram e colocaram para funcionar o sistema de identificação das catracas.
Alunos desenvolvem sistema e miram construir as catracas do IFF Campos Centro

Foto: Raphaella Cordeiro

Um projeto de fabricação das estruturas e do software das catracas que controlam a freqüência dos alunos e visitantes poderá trazer ao IFF Campos Centro uma economia de até R$ 870 mil.

Esse valor corresponde a 5,9% do orçamento previsto para o campus em 2019, que é de cerca de R$ 14,6 milhões, segundo a diretoria de Planejamento Estratégico.

Os alunos do bacharelado de Sistema de Informação em parceria com o curso técnico integrado de Mecânica daqui a três meses irão começar a fabricar as catracas. O projeto “Desenvolvimento, Manutenção e implantação de sistemas web”, já tem três anos de estudo e, na verdade, será expandido porque o software desenvolvido nos laboratórios do campus já está em funcionamento nas catracas do refeitório.

O diretor de Tecnologia da Informação do IFF Campos Centro, Marcelo Pereira de Abreu, disse que hoje o campus já não tem contrato para compra e manutenção das 19 catracas que são necessárias para controlar as entradas e saídas dos alunos, a freqüência deles no refeitório e o número de visitantes.

Marcelo disse que os estudantes fizeram orçamentos com as principais empresas prestadoras do serviço ao mesmo tempo em que passaram a entender como as catracas funcionavam.

O valor de R$ 870 mil corresponde à compra de 19 catracas e à licença de operação do software por um ano sem acrescentar o valor da visita dos técnicos que dão manutenção.

“A intenção nossa é gastar até R$ 60 mil com 19 catracas fabricadas aqui. Cada catraca vai sair em torno de R$ 3 mil com software. Tem catraca ruim de R$ 300 mil e boa de R$ 870 mil, no mercado. Além de as nossas catracas saírem a R$ 60 mil, seriam próprias para o ramo da educação, pois vamos refinar o programa para controlar almoço, lanche e a saída”, disse.

O novo software das catracas do refeitório já gerou uma economia de 50% das despesas com a alimentação, segundo o diretor.

“Após colocar o novo sistema, o refeitório que servia de 1.500 a 1.600 lanches esse número caiu para 800. O aluno não repete e não vem gente de fora. Agora a gente quer expandir esse sistema para as outras catracas.”

 

Projeto quer criar comunicação direta com os pais

O modelo que deverá ser implantado fará comunicação direta com os pais de alunos menores de idade. “A gente está vendo uma situação de mandar uma mensagem para o pai do aluno menor de idade sobre a entrada e saída e até mandar um relatório mensal para o email do pai”, afirmou o diretor.

Marcelo disse que a expectativa é expandir e fornecer as catracas fabricadas para outros 11 campi que compõem o IFFluminense. “A ideia é daqui um ano já ter uma catraca fabricada aqui e depois expandir para os demais IFs”, disse.

Coordenadora do projeto, a analista da tecnologia da informação Isadora Vasconcellos disse que desde outubro do ano passado os dois alunos bolsistas vêm desenvolvendo o software da catraca e que a prática ajuda a aperfeiçoar a formação acadêmica.

“Eles (os alunos) utilizam uma linguagem de programação web que não é comum no curso. Ou seja, eles não veem isso dentro de uma disciplina. É uma linguagem que eles tiveram que aprender para o projeto. Já é um adicional. Estão saindo com uma linguagem que não é padrão do curso. E utilizam conhecimentos que veem no curso como banco de dados um pouco de diferente”, avaliou.

Os alunos bolsistas avançaram no conhecimento sobre automação, aplicação e banco de dados. “É uma forma de aplicar o que a gente aprendeu em sala de aula”, diz Giancarlo Rocha.

Já Paulo Henrique Suarez disse que experimentar teoria com prática ajudou no desenvolvimento do sistema. “Aprendemos além do curso e colocamos em prática modelos de desenvolvimento e banco de dados”, acrescenta.