Cuidar da família veio em primeiro lugar para Luciana Filadelfo Martins, de 53 anos. Os estudos tinham parado na etapa inicial do ensino médio. Com os filhos já crescidos, a busca pelo saber voltou a atrair suas atenções. "Parei de estudar para cuidar dos meus filhos, mas quando vi meus filhos crescendo eu resolvi voltar. Terminei o ensino médio e a minha filha, que já estudava no IFF, me falou sobre esse curso e eu disse pra ela: ôpa, esse curso dá pra eu fazer também? Ela disse que sim. Meu filho terminou a faculdade dele no IFF também (em junho), Superior em Tecnologia de Sistemas de Telecomunicações e minha caçula, que também fez comigo o curso de Assistente Administrativo, faz faculdade à tarde de Ciências da Natureza. Me deram força e apoio pra eu fazer o curso", conta Luciana.

   Ela se encaixa num movimento que o professor Álisson Almeida dos Santos identifica, em sua experiência por cursos do Mulheres Mil, de "despertar para a continuidade dos estudos" e a "busca por novas oportunidades". Ele destaca: "É muito gratificante participar porque o perfil das alunas é bastante diverso, nós temos desde adolescentes buscando uma qualificação profissional, uma primeira oportunidade de emprego, até mulheres que estão afastadas da escola e que retomam os estudos com essa experiência", ressalta o professor.

   Na turma que concluiu no início do ano, com 27 formandas, uma das alunas ingressou no ensino superior aprovada em Serviço Social, na UFF, e várias aprovadas no processo seletivo para ingresso nos cursos técnicos no próprio IFFluminense. Entre as 17 formandas do segundo curso há várias alunas que estão ingressando em cursos técnicos oferecidos gratuitamente pelo Instituto.

   Para Tatiana dos Santos Pessanha, uma nova porta está se abrindo: "meu plano é terminar meu ensino médio e fazer uma faculdade de administração. Ao decorrer do curso me apaixonei pela área é pretendo, se Deus quiser, fazer mestrado e doutorado", planeja ela. 

   Tatiana deu um exemplo de garra ao decidir fazer o Assistente Administrativo. "Quando eu iniciei estava trabalhando é foi muito difícil conciliar o curso com o trabalho, pois eu chegava no serviço às 6h45 e saia 19 horas. Então, chegava sempre atrasada. Hoje tô sem serviço. Conseguir terminar o curso é como falavam os professores: somos capazes de tudo! Além dos nossos esforços, os professores tiveram um papel importantíssimo", lembra ela.

o interesse despertado para uma formação continuada (Fotos: Divulgação).   

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Fotos e vídeo da formatura no perfil do campus no Instagram.