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Grupo de pesquisa discute mobilidade urbana com agentes públicos de Campos

por Vitor Carletti / Assessoria de Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 02/09/2025 11h10, última modificação 02/09/2025 11h12
A mesa-redonda “Caminhos e conexões urbanas” debateu transporte público, acessibilidade, Plano Diretor Urbano e disponibilidade de informações sobre o assunto.
Mesa-redonda discute mobilidade urbana

Agentes públicos de Campos participaram de uma mesa-redonda e discutiram com estudantes os desafios da mobilidade urbana.Foto: Vitor Carletti /Ascom Centro

O grupo de pesquisa Mobilidade em Rede (MobiRede) promoveu uma mesa-redonda com agentes públicos de Campos que puderam explicar e dar informações sobre os desafios da mobilidade urbana da cidade como a disponibilidade da frota de ônibus, a acessibilidade das vias, a implementação de medidas aprovadas pelo Plano Diretor Urbano e a falta de informações sobre o assunto no Portal da prefeitura.

 A mesa-redonda “Caminhos e conexões urbanas: reflexões sobre o direito à mobilidade com foco na formulação, implementação e fiscalização de políticas públicas” aconteceu no auditório Reginaldo Rangel do Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro na quinta-feira, 28 de agosto, e teve a participação do diretor-técnico do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), Paulo Dias, do gerente da Subsecretaria de Mobilidade Urbana Joilson Melo e do vereador Rogério Matoso.

 O MobiRede é formado por professores da graduação e pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo do IFF Campos Centro e realiza pesquisas sobre a mobilidade urbana da cidade.

 Mediadora da mesa-redonda, a professora Daniela Bogado acredita que a integração entre as instituições de ensino que produzem pesquisas e os Poderes Executivo e Legislativo passa pela democratização dos dados sobre mobilidade urbana, auxílios em diagnósticos e diálogos que possibilitem implementar projetos técnicos.

 “Ressalta-se que no nosso Plano Diretor a mobilidade urbana é considerada como uma estratégia que perpassa a integração do território municipal, a promoção da acessibilidade de forma universal, a requalificação dos espaços públicos, a ampliação e integração das diversas modalidades de transporte, incentivando a sustentabilidade”, afirma.

 A professora considera que a falta de transparência das ações do Conselho Municipal de Mobilidade Urbana e a descontinuidade política impedem a construção e a melhoria da política pública.

 “É fundamental haver um compromisso político para construir a coerência entre políticas intersetoriais, com maior integração entre a Subsecretaria de Mobilidade Urbana, IMTT, Subsecretaria de Planejamento Urbano, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Obras, Conselhos Municipais de Mobilidade e de Meio Ambiente, de forma articulada com o Legislativo, inclusive para a Revisão do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável e com a sociedade civil, para que o planejamento e a gestão sejam participativos. 

Agentes públicos — O diretor-técnico do IMTT, Paulo Dias, fez uma apresentação do atual plano de trabalho do órgão nesta área e respondeu a questionamentos dos estudantes sobre tarifa zero e por que o município não tem um aplicativo para que a população possa saber a localização em tempo real dos ônibus e vans.

 “ [É preciso] Haver a troca de dados, que é importante e fazer com a academia (instituições de ensino) tenha um olhar diferente sobre aquilo que está sendo feito pela prefeitura. E possa também almejar a ingressar os quadros, porque precisamos de profissionais que se interessem pelo funcionamento da cidade”, disse.

 O diretor-técnico apresentou também o projeto de terminais de ônibus e explicou que com o início do funcionamento os atrasos das linhas de ônibus poderão ser minimizados e um aplicativo poderá ser disponibilizado à população campista.

 “Hoje em funcionamento nós temos 105 ônibus e 237 vans trabalhando atendendo aos itinerários ativos. Nós temos um número um pouco maior que estariam disponíveis, mas nós estamos passando por um momento de recadastramento e de ajustes. E vamos ter um estudo definindo e otimizando as rotas a partir dos terminais rodoviários de integração que serão, em breve, instalados. Então, vão ser novas rotas e destinos e provavelmente teremos uma alteração nesses quantitativos”, disse.

 Após os questionamentos dos estudantes sobre a falta de dados referentes à mobilidade urbana no site da prefeitura, o gerente da Subsecretaria disse que é preciso integrar mais os setores.

 “A gente sai de um encontro desse com a sensação de muita assertividade na escolha do tema, porque a gente colocou um executor, que é a IMTT, a gente que planeja a mobilidade e percebemos, como nas últimas perguntas, a necessidade de se conectar e conversar mais”, afirma.

 O vereador Rogério Matoso afirmou que o tema precisa de um debate contínuo e que o Plano Diretor Urbano deve ser a referência para intervenções no trânsito e nos transportes.

 “O Plano Diretor é uma bússola das nossas ações. Se você quiser ter um transporte público de qualidade, é preciso de ter um plano urbano bem articulado. E não é só ônibus. A gente tem que pensar em acessibilidade e calçada para as pessoas que têm algum tipo de deficiência. Precisamos ver a segurança das nossas ciclovias. E executar melhor as estradas do homem do campo e isso é preciso fazer de maneira integrada."