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EXTENSÃO

IFF realiza o 1º inventário do patrimônio cultural de Campos

por Vitor Carletti/ Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 19/07/2019 13h06, última modificação 01/08/2019 17h10
O documento é necessário para realizar o tombamento dos bens patrimoniais da cidade e resgata a memória da cidade.
Patrimônio cultural de Campos é documentado por alunos e professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo

Os alunos Daniel, Maria Glória e Maryana junto da professora Maria Catharina avaliam fotos de exposição sobre Nilo Peçanha.Foto: Rakenny Braga

O projeto de extensão do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro “Documentando o patrimônio cultural” terminou em julho o 1º inventário dos bens patrimoniais históricos de Campos dos Goytacazes.

A professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo Maria Catharina Reis Queiroz Prata junto com os alunos bolsistas Laís Rocha, Maria Glória, Mariana Gomes, Maryana Ávila e Raphael Aquino mapearam mais de 400 imóveis e fizeram um levantamento detalhado com a descrição das características, fotos e informações históricas.

A professora conta que a iniciativa culminou em sua pesquisa de doutorado que estudou o inventário do Centro Histórico. “Esse levantamento é primordial. Porque você só pode tombar o que você conhece, o que você entende como algo que tenha uma característica relevante ou histórica. No meu estudo, eu descubro que em Campos, apesar de constar no Plano Diretor, ainda não tinha sido feito (o inventário). Só um levantamento tinha sido feito. É o 1º inventário como realmente deve ser com ficha de esquadrias, de elementos arquitetônicos, de estilos, cobertura, grau de conservação”, explica.

Maria Catharina afirmou que o projeto conseguiu mapear todo patrimônio passível de preservação e que a Prefeitura de Campos concedeu uma nova bolsa para a continuação da pesquisa. “O Coppam (Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos) tem se mostrado interessado nisso. Com o projeto “Viva Ciência” que a prefeitura nos deu essa bolsa vamos mapear toda a área histórica de Campos”, disse.

O tombamento, segundo a professora, é essencial para a história. “Faz-se necessário fazer o tombamento porque é uma forma de identificar e trazer memória. E se você demolir, a gente não vai ter memória.”

Preservar a memória – Para a aluna Maria Glória, o projeto ajudou a desvendar a riqueza arquitetônica que existe na cidade. “Sou de Bom Jesus. Achei incrível e percebo que as pessoas não valorizam”, disse.

O projeto para Maryana Ávila serviu para constatar que o patrimônio histórico-cultural não tem uso. “Catalogando a gente vê que tem pouco uso. E isso impede de a gente guardar essa memória. Eu acredito que dá para salvar a memória de Campos e que sirva de exemplo para as outras cidades.”, afirma.

Recém-chegado ao projeto, o aluno Daniel Leal, que é natural de Conceição de Macabu, disse que em sua cidade natal muitos patrimônios históricos foram demolidos. “Eu posso nesse projeto ajudar para não deixar acontecer o que aconteceu lá.”