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2018.1
"IFFoco Libras" propicia mais interação entre surdos e ouvintes na volta às aulas
Estudantes aprendem alguns dos sinais (Fotos: Rakenny Barboza/Comunicação Social)
O IFFoco Libras comemora 16 anos do reconhecimento da Lei 10.436, que regulamenta a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e "calhou" de ser justamente no dia de volta às aulas. Numa televisão instalada no corredor do pátio, alunos puderam assistir diversas cenas produzidas por outros colegas e servidores do Núcleo de Apoio a Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (NAPNEE). Os grupos foram convidados a entrar, sortear um tema na caixinha e aprender expressões com os surdos ali presentes. Dentre os temas, poderiam ser sorteados cumprimentos, dias da semana, verbos, lugares, alimentos etc.
Um dos servidores participantes, o intérprete Rafael Monteiro da Silva se dirigia aos alunos contextualizando:
- A gente tem vários surdos no Brasil que são mestres na área da educação, que têm pós-doutorado, temos diversos profissionais, engenheiros surdos etc. Antigamente tinha uma luta porque não tinha língua regulamentada para os surdos, eles ficavam para baixo. Então, hoje está bem amplo. Com intérpretes, com a lei de acessibilidade, consegue-se igualar um pouco mais. Hoje vamos aprender alguns sinais simples, - propunha ele.
O grupo em cinco minutos já saía com algum conhecimento de expressões em Libras. Até as 17h, já havia mais de 280 assinaturas contadas na local do evento.
- Não é difícil, é uma língua fácil. A única dificuldade no começo, quando a gente ainda não é fluente é dar conta de memorizar tudo porque são muitos sinais! Mas é uma questão de tempo, conforme vamos convivendo dá pra ir lembrando algumas coisas e pegando a prática -, comenta Laís Barros, aluna do 5º período de Letras, que passou pelo IFFoco e também está matriculada no Faça Fácil Libras.
Priscila Araujo, intérprete de Libras do IFF e engajada no projeto Faça Fácil Libras, diz que "o objetivo realmente é difundir a Língua Brasileira de Sinais e facilitar a comunicação com o sujeito surdo, que é um sujeito presente na nossa sociedade. Então é super gratificante poder difundir a língua e fazer com que os outros alunos, as demais pessoas que compõem a sociedade, tenham a oportunidade de aprender também a língua de sinais."