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Câncer de Mama

Servidoras e estudantes têm oportunidade de conhecer trabalho do Amigas Guerreiras

por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 17/10/2018 18h04, última modificação 18/10/2018 21h22
Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade (Nugedis) e o Núcleo de Apoio e Promoção ao Bem-Estar (Napbem) promovem ações de conscientização.
Outubro Rosa

Uma roda de conversa sobre relações abusivas integrou a programação (Foto: Rakenny Braga).

Integrantes do projeto "Amigas Guerreiras" retornaram ao IFF, na segunda edição do Outubro Rosa do Campus Campos Centro, para dar sua valiosa contribuição às atividades desenvolvidas ao longo da terça-feira, 16 de outubro. Ao realizarem uma ação específica para mulher, Nugedis e Napbem buscarem trazer para o universo feminino local um despertar para a importância da prevenção à doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer, tem este ano estimativa de 59.700 novos casos. 

"A prevenção é fundamental. A gente não trabalha só em cima do Outubro Rosa. O importante é se cuidar o ano inteiro", alerta Leila Ribeiro, técnica em mamografia do Hospital Escola Álvaro Alvim. Algumas das integrantes do grupo participaram, juntamente com Leila, das atividades desenvolvidas no Espaço Cultural Raul David Linhares. Houve conversa sobre cuidados, prevenção, solidariedade e também mostra de materiais de apoio a portadoras de câncer oferecidos no trabalho do Amigas Guerreiras.  

Coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade (Nugedis), a servidora Ivanisy da Silva Amaral Capdeville explicou que o evento específico para as mulheres reflete "não só a valorização do corpo e da saúde da mulher", mas também com a "sororidade - a empatia, a preocupação da mulher com a outra e estender a mão, estar disponível para aquela mulher que está em sofrimento e pra outras que não consigam ainda perceber sua situação e que tenham aonde buscar apoio". 

Projetos de apoio - Coordenado por Leila Ribeiro, o grupo Amigas Guerreiras é formado por voluntárias sendo e promove encontros possibilitando trocas entre mulheres que estão em tratamento. Leila contou à Comunicação Social como surgiu o projeto com portadoras do câncer de mama. Atuante em campanhas de prevenção, ela acabou desenvolvendo um trabalho social.  

- Por trabalhar em um hospital que tem oncologia, eu achei que seria um primeiro passo para iniciar esse trabalho. Foi aí que começou o trabalho de doações de lenços. São quatro anos de projeto e são quatro projetos também: doação de lenço, banco de lenços, almofadinhas pós-cirúrgico e próteses externas, feitas com alpiste. Sou madrinha desses projetos e no ano passado a gente inaugurou o banco de perucas porque eu sempre recebi muitos cabelos, mas doava. Aí Dr. Frederico Paes, o chefe da oncologia, disse: "por que você não faz um banco de cabelos?" Eu entrei em contato com um projeto do Sul, em que a gente manda o cabelo e eles devolvem peruca. E tem uma amiga em Campos que faz perucas". 

O hospital cedeu uma sala para o projeto, pois há muitas doações de itens como fraldas, Ensure (suplemento alimentar). O projeto distribui as doações para mulheres que fazem quimioterapia e outras portadoras. O trabalha avança e hoje conta com apoio de duas psicólogas, uma advogada, uma administradora, uma enfermeira do hospital e outras voluntárias. 

Para Leila, ainda há pouca procura pelo exame de prevenção, considerando a incidência do Câncer de Mama. "Como técnica, chega muita coisa assustadora para mim, avançada. Se tivesse sido diagnosticada há mais tempo teria mais chance. Chega mama sangrando. É  muito duro. Você vê que é falta mesmo de buscar conhecimento. As vezes, o atendimento se torna um pouco difícil, então a pessoa vai adiando. Quando espanta, a coisa está bem mais séria e aí não tem mais jeito".