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Pesquisa do MPET é selecionada pelo programa Mais Ciência na Escola

por Vitor Carletti / Assessoria de Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 02/07/2025 15h13, última modificação 02/07/2025 15h13
O mestrando Rodolfo Nunes é autor do estudo “Implantando uma cultura de paz por meio de aprendizagem socioemocional” que recebeu quatro bolsas do Programa Mais Ciência na Escola.
Selecionada pesquisa do MPET

O professor do MPET e orientador da pesquisa André Uebe (à esq.) em reunião com o mestrando Rodolfo Nunes.Foto: Acervo pessoal/ Rodolfo Nunes

 A pesquisa “Implantando uma cultura de paz por meio de aprendizagem socioemocional”, desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em Ensino e suas Tecnologias (MPET), do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro, foi selecionada para receber bolsas de incentivo pelo programa Mais Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Campos dos Goytacazes.

 Autor do estudo, Rodolfo Nunes é orientado pelo docente do MPET André Uebe. O estudante de pós-graduação é professor de Educação Física da rede municipal e ministra a disciplina “Tecnologias digitais” na escola Clóvis Tavares onde também começou a desenvolver a sua pesquisa.

 O trabalho busca compreender como acontece o chamado “clima escolar”, que é o conjunto de percepções de professores, de estudantes e da comunidade sobre a experiência na escola. Para isso, o mestrando está usando oficinas que abordam conflitos escolares. “O objetivo é investigar o clima escolar e compreender como essas relações afetam a rotina escolar”, explica.

 Ao ser selecionada a pesquisa conseguiu quatro bolsas, sendo três de iniciação científica no valor de R$ 200, destinada a estudantes das escolas, e uma de apoio científico de R$ 500 paga ao autor do projeto.

 Segundo Rodolfo, os estudantes da escola colaboram no desenvolvimento da pesquisa com a discussão sobre a fundamentação teórica, fazem a coleta de dados e interpretam possíveis resultados que serão parcialmente apresentados na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que vai acontecer em outubro.

 “Além de acompanhar a pesquisa, eles (alunos da escola) também vão produzir uma cartilha de boa convivência na escola. Esse será o nosso produto educacional”, disse.

 Para o orientador André Uebe, as pesquisas desenvolvidas no MPET têm contribuído para que docentes das redes de ensino municipal, estadual e federal reelaborem práticas educacionais.

 “Este repensar das práticas de ensino e de aprendizagem consideram uma visão mais complexa do ambiente de ensino e de aprendizagem, assim como uma visão mais inclusiva e mais ativa. Ou seja, das pesquisas surgem inovações que refletem diretamente na qualidade do ensino de nosso e dos municípios da região”, afirma.

Mestrados profissionais —   Uebe afirma que as pesquisas desenvolvidas em programas de pós-graduação stricto sensu na modalidade profissional, como é o caso do MPET, carecem ainda de investimentos se comparados àqueles de caráter acadêmico.

 “Os programas profissionais (como é o caso do MPET) demandam que, ao final da pesquisa, o discente proponha um produto técnico tecnológico (PTT), além da dissertação/tese. Isto mostra o caráter rigoroso e valioso que programas profissionais têm para a sociedade. Programas de fomento como o "Mais Ciência", onde são ofertadas bolsas municipais de pesquisa, apontam para duas evidências: que o município procura investir na produção de soluções práticas para seus problemas reais, assim como recompensar os pesquisadores pelo seu esforço (o que é muito louvável, principalmente em tempos onde a ciência e a academia têm sido tão desvalorizadas). A outra evidência é que, dada a falta de apoio financeiro pelas instituições nacionais de fomento aos discentes de programas profissionais (em comparação com os discentes de programas acadêmicos), ações como essa reforçam a importância de parcerias interinstitucionais para o avanço da ciência e a valorização do pesquisador”, explica.