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Pesquisadores investigam trajetória do grafitti e sua relação com espaços da cidade
A palavra tem origem italiana sendo graffiti (o desenho) a forma no plural de graffito (a técnica). Assim, graffiti é definido como “inscrição ou desenhos de épocas antigas, toscamente riscados à ponta ou a carvão em rochas, paredes etc... As formas e cores marcantes do graffiti estão presentes no cotidiano de Campos dos Goytacazes em tempo relativamente recente. Apenas a partir de 2011 se passou a encontrar essa manifestação de arte em muros e paredes da cidade.
Na dimensão espacial, os desenhos produzidos com tinta spray são apresentados principalmente na porção central, a partir do chamado Centro Histórico. Outra curiosidade sobre o tema é que os primeiros artistas entraram no Norte Fluminense por Macaé.
Essas são algumas das descobertas dos pesquisadores reveladas no artigo O graffiti na área central de Campos dos Goytacazes: tatuagens na epiderme urbana publicado na revista de geografia Élisè, da Universidade Estadual de Goiás )(volume cinco, número um). Os autores são os ex-alunos do Curso de Licenciatura do Instituto Federal Fluminense, Arthur Nogueira Rangel e Ranna Albino Lessa.
Pode-se indagar a serviço de que estão graffitis e grafiteiros e como essa manifestação se dá no espaço urbano. Questões que se busca responder no trabalho. "Nessa perspectiva, objetiva-se mais especificamente, identificar e analisar as formas de expressão política, social, cultural e artística, difundidas por grupos de grafiteiros na área central da cidade e também entender as relações de poder, por meio das demarcações territoriais nas paisagens, expressas nas escritas urbanas".
No método de fazer a pesquisa, os autores optaram pela comparação, fazendo o paralelo do graffiti possível de se ver em 2011 e quatro anos após. Sua Antecessora, ainda presente nas ruas de todo mundo, é a pixação. E ela é antiga. Há registros de manifestações em paredes de Pompeia, cidade romana da antiguidade que resistiu a uma erupção vulcânica em 79 d.c. No Brasil, a pixação surge com força durante a ditadura militar, após o golpe de 1964.
A cidade de Nova Iorque é considerada berço do graffiti a partir dos anos 1960 tendo em sua construção influência de migrantes jamaicanos, porto riquenhos, mexicanos e africanos. Sua trilha sonora seria o hip-hop. Vinte anos depois aflorava no Brasil como influência da pop-arte americana.
Em resumo, para os pesquisadores, o graffiti marginalizado ao longo de sua história recente no país costuma refletir uma reação a "desconforto ou revolta, que na sua maioria são gerados decorrentes de algum comportamento social e atitude política, seja ela a um nível local ou internacional".
Comunicação Social do Campus Campos Centro