CAMPUS CAMPOS CENTRO

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Grupo vocal

Um Freesom musical

por Tassia Menezes publicado 09/03/2016 13h19, última modificação 11/03/2016 10h16
Coral que leva apresentações musicais a escolas é resultado de Projeto de Extensão
Freesom

Grupo vocal se apresenta no auditório Miguel Ramalho, no campus Campos Centro

A palavra francesa frisson pode significar arrepio, calafrio, emoção. Justamente por entender que uma boa música pode causar sensações como estas, o servidor Julio Ribeiro decidiu entitular o coral que coordena há quase um ano de Freesom, uma mistura do inglês free (livre) com a palavra “som”, que juntos formam a sonoridade de frisson. O grupo vocal é resultado de um Projeto de Extensão desenvolvido no campus com 10 integrantes, entre alunos, servidores e pessoas da comunidade externa, que tem o intuito de levar a música a escolas da região.

A ideia surgiu da própria experiência musical de Julio e também da sua vontade de realizar um projeto do zero. Com o cargo de Assistente em Administração, o servidor iniciou sua jornada no Instituto Federal Fluminense atuando na Biblioteca do campus Campos Centro. Porém, percebido seu potencial, a gestão entendeu que ele poderia ser melhor aproveitado na Coordenação de Arte e Cultura. Julio estudou na Escola de Música Villa-lobos, já tocou na big band da mesma instituição como guitarrista, participou de um coral e ainda tem uma banda, com a qual acabou de gravar um CD. Tudo isso faz a música ser muito presente em sua vida, incentivando-o a querer levar essa experiência a outras pessoas também.

Entendendo que a prática de coral está esquecida no Brasil, o servidor decidiu tirar esta ideia do papel e, desde maio do ano passado, o Freesom já faz apresentações em escolas da região e também em eventos do instituto. “A recepção nas escolas é maravilhosa. As crianças vêm até nós para pedir autógrafo. A aceitação é muito grande”, conta. Tão grande que o grupo serviu de inspiração para a criação de um coral no Colégio Estadual Benta Pereira, na cidade de Campos dos Goytacazes. Para ele, conseguir levar cultura a crianças e adolescentes é muito gratificante, pois entende que uma semente é plantada para o futuro: “significa que estamos cumprindo o nosso papel”, acredita o servidor.

Coral com solistas

O Freesom é um coral diferente. Ao invés de todos cantarem sempre juntos, como acontece nos coros tradicionais, os arranjos permitem a existência de solos na maior parte do repertório. Isso porque o coordenador, ao fazer os testes, identificou um potencial muito grande dos participantes ao cantarem sozinhos. Julio achou que seria um desperdício não aproveitar por completo esses talentos. “Da forma como fazemos, conseguimos aproveitar as duas facetas de uma mesma pessoa: tanto a técnica individual, quanto a de coral”, explica ele.

Os integrantes do grupo adoram. Nos ensaios eles se divertem, desestressam e esquecem um pouco dos problemas do cotidiano. A estudante do quarto período de Letras do instituto, Maísa Haddad, faz parte do Freesom e acredita que o coral é como uma família, pois todos são amigos. Para ela, ter um espaço como este dentro da universidade dá uma sensação de pertencimento à instituição. “É algo que gostamos muito de fazer porque a gente coloca o estresse para fora. Cada ensaio é maravilhoso porque a gente consegue se ouvir, que é algo que falta no mundo”,  conta ela. Julio acredita que os laços de amizade que se criaram entre as pessoas do grupo existe também devido à afinidade. “Quando você é um talento e e encontra outro é como se vocês falassem a mesma língua”, acredita.

E para aqueles que também falam esta língua, o servidor afirma que há espaço para novos integrantes. Agora com a  participação da professora de Teatro do instituto, Takna Formaggini - com o intuito de aprimorar o lado cênico do Freesom - o grupo só pensa em crescer. Quem se interessar em participar, pode procurar pelo Julio na Coordenação de Arte e Cultura  do campus para fazer os testes diretamente com ele.

Quer conhecer um pouco mais? Veja uma das apresentações do grupo vocal: