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AfroIFF, no Campus Maricá, tem auditório lotado no sábado letivo para debater protagonismo da juventude negra
O evento aconteceu no sábado letivo dos Cursos Integrados
Um amplo debate sobre protagonismo da juventude negra movimentou o sábado letivo deste 8 de novembro, no Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Maricá, com auditório lotado na realização do AfroIFF 2025. O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do campus, com participação de estudantes e professores dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio.
A abertura da programação ficou por conta de uma mesa-redonda conduzida pelos estudantes Amanda Teixeira e Ramon de Castro, além da ex-aluna do IFF Maricá e atualmente graduanda do 8º período de Direto na Universidade Federal Fluminense (UFF) Pérola Campos, que dialogaram com a plateia sobre o tema central do AfroIFF 2025.
"É muito bom voltar à escola que foi minha primeira casa, minha referência de ensino e pesquisa na temática de estudos afro-brasileiros e indígenas e que perduram até hoje na minha história e minha formação. Fiquei muito feliz em estar nesse debate e tive uma sensação de mudanças nas carinhas aqui no IFF, com maior diversidade no corpo discente", conta Pérola Campos, que foi bolsista do Neabi em 2018, quando cursava o Curso Técnico Integrado em Edificações no IFF Maricá.
Trabalhos produzidos pelos estudantes do campus também ganharam lugar de destaque no sábado letivo. O AfroIFF contou com a apresentação de vídeos produzidos dentro da disciplina de Língua Inglesa da professora Aline Carvalho, com a história de tecnologias inventadas por pessoas negras, e de uma produção audiovisual dos integrantes do projeto de pesquisa “Formação em Educação Ambiental Crítica”.
Na disciplina de Geografia, da professora Tassia Cordeiro, para as turmas de 2º ano do Integrado, foram construídos estandartes que ficaram em exposição no auditório e nos corredores do Bloco Pedagógico para o público do evento. Houve ainda a leitura de um poema pela estudante do Ensino Fundamental Marina Carvalho.
“Que a cada dia consigamos construir uma sociedade mais justa e igualitária, sem racismo, sem preconceitos. Que o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, seja mais um dia de luta e reflexão, e que estejamos preparados para contribuir na luta antirracista, que é de todos nós!”, destacou o estudante do 3º ano Samuel Kairós, apresentador do AfroIFF2025.
Apresentação teatral de alunos levantou plateia
Inspirados pela música “Preto Demais”, os estudantes também encenaram uma esquete teatral, como parte dos debates sobre o “Protagonismo da Juventude Negra”. A apresentação cultural foi conduzida pelos integrantes do projeto de pesquisa Geoarte e convidados, com orientação da professora Tassia Cordeiro.
Sob aplausos de uma plateia lotada, os estudantes retrataram a história de um jovem que é preso por ser “preto demais”, como conta a música de Hugo Ojuara.
O encerramento do evento ficou por conta do anúncio dos vencedores e entrega da premiação do simulado de redação realizado pela professora Raquel Freitas, no dia 28 de outubro, com o tema “Impactos do preconceito racial no esporte na sociedade brasileira”.
A vencedora foi a aluna do 3º ano Ana Alice Ferreira, que leu o texto premiado para a plateia do AfroIFFe, após o evento, contou estar ansiosa para a redação do Enem, neste domingo, 12 de novembro.
“Gostei muito de escrever sobre esse tema, até porque a gente traz um repertório grande a partir dos debates que participamos em sala de aula ao longo do ano. A expectativa agora é pelo tema do Enem, mas a confiança é grande na base que tivemos pela nossa preparação com os professores”, contou a aluna.
O segundo lugar no concurso ficou com Giovana Ribeiro, enquanto a terceira colocação foi dividida entre Davi Pereira e Laura Rodrigues