A mesa-redonda, realizada na última quinta-feira, dia 06 de abril, no Centro de Esportes e Artes Unificado (CEU), foi composta pelas coordenadoras dos Núcleos de Gênero dos campi Itaperuna e Campos Centro, Fernanda Huguenin e Denise Brito, respectivamente, e pelo atual diretor de Extensão do IFFluminense, Gustavo Lopes. O debate foi mediado pelo coordenador do Núcleo de Gênero Além da Palavra, Leonardo Lopes.

 Organizado pelas coordenações do Núcleo de Gênero e de Extensão do campus Avançado Maricá, o evento teve o objetivo de trazer uma discussão atual sobre a relevância de ações ligadas às discussões de gênero no âmbito educacional, tais como o corpo e a identidade de gênero, como pensar as diferenças nas escolas, como agir enquanto educadores em momentos que requerem um olhar atencioso ao outro e ações de combate à segregação, ao bullying e à indiferença.

 O coordenador do Núcleo de Gênero do campus, Leonardo Lopes, disse que o evento é um excelente espaço de discussão e de conversa sobre a questão de gênero e suas várias temáticas que permeiam o cotidiano da nossa sociedade, e de forma especial, o cotidiano escolar. “Não é possível admitir que o assunto ainda não seja pauta de uma reflexão profunda sobre os problemas e conflitos emergentes desta temática. Falar sobre questões de gênero é falar sobre algo que os servidores, alunos e a comunidade externa vivem e enfrentam, com sérias dificuldades e/ou avanços, e que, se não refletidas, serão perpetuadas com discursos preconceituosos, que favorecem a ignorância no assunto”, afirma.

 Leonardo acrescenta que o evento “é um espaço de junção de todos os trabalhos desempenhados pelos oito Núcleos de Gênero que existem, atualmente, no IFFluminense, e de troca de experiências, dificuldades, conquistas e aprendizagem. São momentos válidos e que precisam ser mais frequentes", ressalta o coordenador.

 Os alunos destacaram a importância da discussão. “É importante discutir gênero nas escolas, pois, muitas vezes, esse assunto é um tabu dentro das famílias”, afirma a estudante Joyce Valentim. “Muitas vezes, o preconceito é imposto à pessoa, devido à criação dela. E essa discussão é muito importante, pois ajuda na formação de opinião sobre o assunto”, acrescenta o aluno Fernando Lucas Silva.

 Para o professor Gustavo Lopes, eventos como a mesa-redonda são necessários porque “possibilitam o compartilhamento de experiências dos Núcleos de Gênero com as comunidades dos respectivos campi. Os projetos só se realizam quando conseguem de fato atingir as pessoas e, a partir disso, provocar mudanças de alguns hábitos e práticas, arejando um pouco as nossas concepções”, afirma.

Comunicação Social do campus Avançado Maricá com Reitoria