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Encontro com autores promove debate sobre história do naturalismo e do folclore em Maricá

por Ana Paula Viana, da Comunicação Social do Campus Maricá publicado 08/08/2025 19h00, última modificação 18/08/2025 13h46
Evento foi promovido pelo Centro de Memórias do IFF Maricá, com a participação dos escritores Arthur Soffiati e Maria Luisete Furtado.
Encontro com autores no IFF Maricá

Maria Luisete Furtado falou sobre o folclore de Maricá

Lendas, mistérios e muito conhecimento científico marcaram nesta sexta-feira, 8 de agosto, a primeira edição do "Encontro com os autores", um evento promovido pelo Centro de Memórias do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Maricá, com apoio do Instituto Histórico, Geográfico e Ambiental de Maricá (IHGAM) na organização.

Realizado no auditório do campus, o encontro teve como pauta principal os livros “Folclore de Maricá: lendas, contos e causos”, de Maria Luisete Furtado, e “A expedição científica de Maximiliano de Wied-neuwied: do Rio de Janeiro a Vitória”, de Arthur Soffiati. Os autores dialogaram com o público sobre pesquisas retratadas em suas obras e, ao final, participaram de uma tarde de autógrafos.

O Lobisomem de Bambuí, lenda urbana famosa na cidade e que virou até mascote do time local de futebol, foi um dos destaques do bate-papo com Maria Luisete, que detalhou ainda aspectos marcantes na formação cultural, social e econômica de Maricá, ao longo dos séculos.

"O folclore de Maricá é uma mistura de lendas, contos, causos, superstições, crendices e rituais de três grupos humanos que formam a sociedade maricaense: a cultura tupinambá, a cultura europeia de Portugal e a cultura dos povos escravizados da África", contou a escritora e historiadora nascida em Angola e que tem sete livros publicados.

Na sequência, o professor, ambientalista e escritor Arthur Soffiati fez uma explanação sobre a excursão científica ao Brasil do príncipe alemão Maximiliano deWied-Newied, em 1815, com passagem por Maricá, onde fez estudos no Parque Estadual da Serra da Tiririca e observou ecossistemas, plantas, animais, povos nativos, núcleos urbanos e costumes dos colonos. A obra de Maximiliano é considerada um importante marco no registro da história natural da região.

"O que a aconteceu com a obra de Maximiliano é que muita coisa se perdeu com o tempo, alguma coisa que ficou esquecida está aparecendo agora. E a gente vê que foi um naturalista de peso muito grande, porque ele deu conta de tudo, desde botânica passando por todos os grupos animais", explicou o autor.

A mediação do encontro foi feita pela professora do IFF Maricá, Elane Carvalho, coordenadora do Centro de Memória, que destacou a importância do diálogo com especialistas como Soffiati e Maria Luisete no Instituto. O evento contou ainda com uma fala da presidente do IHGAM, Renata Aymoré Gama, que falou sobre a necessidade de democratização do conhecimento sobre a memória, história e meio ambiente na cidade.

O evento pode ser acessado, na íntegra, pelo canal do Youtube do IHGAM, nos seguintes links: https://youtu.be/yYgDkbhz7n0?si=RtZ1xviTtNk5oMuN (1ª parte) e https://youtu.be/4zR1pk3zk98?si=7abC6fC5x3ueWpWd (2ª parte).