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Estudantes do IFF Maricá são certificados por projeto de educação ambiental sobre rendas do petróleo
Um grupo de estudantes do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Avançado Maricá recebeu no sábado, 2 de setembro, o certificado de conclusão do ciclo de oficinas promovido pelo Projeto de Educação Ambiental Rendas do Petróleo – Tecendo a Participação Popular, também conhecido como PEA Rendas, que é promovido pela Petrobras, como medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama, e tem como órgão executor a Fundação Instituto de Administração (FIA).
Entre os meses de maio e agosto, os estudantes participaram de seis encontros de formação, com uso de metodologias ativas, sobre temas como Políticas Públicas, Participação e Controle Social, Orçamento Público, Transparência na Administração Pública e Incidência Política. O objetivo da ação foi mobilizar a população para atuar no controle social do recebimento e aplicação das rendas petrolíferas, como os royalties, pelo poder municipal. A participação dos alunos do IFF Maricá é conduzida também como parte das atividades do Projeto de Pesquisa de Jovens Talentos “Rendas do Petróleo em Maricá: formando novos líderes jovens para o exercício do controle social através de uma educação ambiental crítica”, coordenado pela professora Elane Carvalho.
“Fiquei muito orgulhosa de meus alunos pelo comprometimento que tiveram durante tantas oficinas sucessivas de formação contínua! E, mais ainda, pela disposição férrea de obter formação e de se preparar para atuar no Controle Social para a aplicação dos royalties e participações especiais no município de Maricá. Como já atuei em Campos dos Goytacazes por cinco longos anos, estou ansiosa para ver estas rendas petrolíferas sendo aplicadas corretamente, de modo realmente justo e produzindo equidade ambiental, ademais”, destacou a professora.
Participantes atuarão na segunda fase do projeto
Encerrada essa primeira fase do PEA Rendas, em Maricá, terá início a segunda fase, envolvendo a formação dos chamados Elos, que serão os membros do Grupo Referência sobre Rendas Petrolíferas que passarão por um trabalho educativo de formação e de pesquisa sobre diferentes temas. Essa nova etapa também terá a participação de representantes do IFF Maricá.
"Concluir a Etapa Inicial das Oficinas do PEA Rendas é um marco significativo. Agora, como o Elos no território, temos a oportunidade de desempenhar um papel fundamental no controle ambiental das rendas petrolíferas da sociedade civil. Isso nos permite garantir que esses recursos sejam usados de maneira transparente e responsável, enquanto protegemos nosso meio ambiente. Nossa dedicação a essa causa promete um futuro mais sustentável para todos", contou o estudante do 3º ano do Curso Técnico Integrado em Edificações, Isaias da Paz.
Para o aluno do 2º ano de Meio Ambiente Fellipe dos Anjos Coelho, participar da segunda fase do projeto é uma realização.
"Me alegra muito a ideia de compor esse elo ao lado de jovens que se preocupam em ter utilidade social e que veem no PEA Rendas uma forma de fazê-lo. Particularmente, participar das oficinas iniciais, foi um período muito proveitoso, no qual pude ter a oportunidade de absorver conhecimentos que não teria em outro lugar e conviver com pessoas maravilhosas. Nós demos um passo além, de grande importância. Sabemos que o dinheiro oriundo do petróleo pode ser melhor aproveitado, e tenho a convicção de que nosso projeto fará um bom trabalho para que possa ajudar a população maricaense a participar das decisões que precisam ser tomadas", afirmou Fellipe.
Julia Lopes, do 1º ano de Meio Ambiente, também está confirmada na nova etapa do projeto.
"Ter terminado essa fase do PEA Rendas foi uma conquista, não apenas individual, mas para todo o coletivo. E agora estamos caminhando para a uma nova aventura, onde nós atuaremos como elos. Mas o que são os Elos? É um grupo de aproximadamente 20 pessoas em que adentramos mais no estudo sobre as rendas petrolíferas, recebendo esse aprendizado e futuramente passando para uma próxima pessoa. Visando o aumento dessa rede de aprendizagem, nós estamos criando um controle ambiental da sociedade civil sobre a aplicação das rendas petrolíferas", explicou a aluna.