O Polo de Inovação do IFF concluiu o projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) intitulado "Desenvolvimento de processo de reaproveitamento e propagação de levedura para aumento de eficiência do processo de produção de cerveja especial, e automatização de processo de acompanhamento", durante cerimônia realizada no dia 05 de maio. A ação é uma parceria do Polo, unidade Embrapii,  com a empresa Barril Cheio Universo Cervejeiro Comercio de Bebidas LTDA.

 Com duração de 12 meses, o projeto teve como objetivo o desenvolvimento de processo de propagação de leveduras líquidas a serem utilizadas com fermento cervejeiro, em substituição aos fermentos liofilizados comerciais, reduzindo gasto energético, gerando maior eficiência ao processo fermentativo, uniformidade da produção e maior qualidade sensorial.

 O projeto, desenvolvido por pesquisadores e estudantes de nível superior do Instituto Federal Fluminense (IFF) e pesquisadores da Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), foi financiado com recursos do parceiro privado, da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 

 Participaram do projeto os pesquisadores e docentes do Curso de Sistemas de Informação do IFF, Fábio Duncan de Souza e Fernando Luiz de Carvalho e Silva; a pesquisadora do Polo de Inovação do IFF, Carolina Ramos de Oliveira Nunes; o pesquisador e docente da Uenf, Gonçalo Apolinário de Souza Filho; e o pesquisador da Uenf, Fabiano Silva Soares. Também participou o pesquisador externo, Diego Sá Leal de Oliveira, egresso de mestrado da Uenf. O projeto contou, ainda, com a participação de dois estudantes do Curso Sistemas de Informação do Campus Campos Centro, Vítor Bernardo Pinheiro Cardoso Sarmet de Azevedo e Thiago Fagundes dos Santos Azevedo.

 O pesquisador e professor da Uenf, Gonçalo Apolinário de Souza Filho destacou o retorno do projeto para uma melhor qualidade do produto. "Para o empresário, o retorno trouxe eficiência e qualidade do produto. Eficiência porque ao utilizar leveduras líquidas de primeira geração, ele consegue uma maior eficiência energética, porque ele reduz o tempo de fermentação. Antes ele reutilizava leveduras para redução de custo, mas isso compromete tanto a eficiência do processo quanto a qualidade final do produto. Nesse caso, ao utilizar sempre leveduras líquidas novas, ele vai poder utilizar sempre um processo fermentativo mais rápido, reduzindo gasto com energia. Em segundo momento, a melhoria da qualidade, porque ao não reutilizar levedura ele gera uma cerveja mais cristalina, de melhor qualidade. Então, para o empresário são dois ganhos e, além disso, a redução de custo com os gastos que ele teria ou que ele tem atualmente adquirindo leveduras de fornecedores que vem de outros estados", conclui o docente.

 Para o parceiro da empresa, José Ricardo de Moraes Menezes, "o projeto é um marco para cervejarias artesanais locais do estado do Rio de Janeiro. A levedura é o insumo mais importante no processo da fabricação da cerveja. Trabalhar a quatro mãos com os melhores institutos de tecnologia e inovação nos colocará em outro patamar em eficiência e produtividade. A primeira fase é só de viabilidade, a brincadeira começa a ficar boa a partir de agora, na segunda fase de execução do projeto e na terceira, que é a modificação genética da levedura. Um momento ímpar para nossa indústria e para as cervejarias locais”, finaliza o empresário.

 O professor Gonçalo ressaltou, ainda, que "para a região, é muito interessante ver a biotecnologia sendo aplicada no setor produtivo, contribuindo para a qualidade e eficiência das empresas locais. Além disso, como um saldo adicional aumentou a cultura do empreendedorismo entre empresários, isso é muito importante porque leva a inovação e gera competência para os grupos envolvidos com o projeto para solução de problemas dessa natureza", finaliza o docente.