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Abril Azul

Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

por Comunicação Social da Reitoria publicado 01/04/2025 17h09, última modificação 02/04/2025 15h11
Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

Data visa difundir informações de qualidade sobre o autismo e a inclusão das pessoas que estão no TEA (Arte: Julio Negri/IFF).

 O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi estabelecido em 2007 pelas Nações Unidas e, desde então, vem sendo celebrado como forma de aumentar a conscientização relacionada a todos os aspectos do transtorno do espectro do autismo (TEA).

 É crucial que indivíduos com autismo, suas famílias e seus cuidadores, possam ter acesso a informações personalizadas, orientação e apoio para superar esses obstáculos, bem como oportunidades para explorar os seus interesses, desenvolver competências e construir amizades para uma vida plena, em que as diferenças sejam valorizadas, a compreensão seja promovida a fim de que o mundo possa tornar-se um lugar mais inclusivo para todos os que vivem com o transtorno. (Fonte: saude.gov.br).

 No IFF, a data é ressaltada pela Pró-reitoria de Políticas Estudantis, por meio da Coordenação de Assistência Estudantil e Integração dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) com o objetivo de compartilhar e difundir informações de qualidade sobre o autismo e a inclusão das pessoas que estão no TEA.

 “É evidente que a conscientização sobre o autismo é um compromisso de toda a sociedade. A inclusão vai além do discurso e deve se refletir em ações concretas, como acesso a diagnósticos precoces, suporte educacional adequado e respeito às singularidades de cada indivíduo no espectro”, destaca Lenon Araújo de Matos, diretor de Políticas de Assistência Estudantil.

 A pedagoga, especialista em Psicopedagogia e Educação Inclusiva, professora Odila Mansur, indica que os principais sinais e sintomas do autismo na adolescência que podem indicar a necessidade de um diagnóstico tem base precoce (surge na infância) e atingem as áreas da comunicação e interação social.

 “Esse adolescente não diagnosticado pode apresentar pouco interesse pelo convívio social, ter interesses restritos e repetitivos (hiperfocos, apego à rotina, etc.) e dificuldades de comunicação. É comum que tenha inflexibilidade cognitiva, com rigidez de comportamento, com dificuldade de compreender pontos de vista diferentes dos seus. Também pode ter dificuldade em ler expressões faciais, em compreender estados mentais (se o outro está triste, enfadado, irônico, por exemplo). Podemos observar, também, dificuldade para compreender metáforas, piadas..., entendendo tudo de forma literal. Nesses casos, é muito importante que o mesmo seja encaminhado para uma avaliação”, informa.

 Sobre o diagnóstico, ela ressalta que é de responsabilidade do médico (neurologista/psiquiatra), mas que uma avaliação multidisciplinar é fundamental. “Esses profissionais (fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo...) vão identificar as dificuldades, reunir as evidências e ajudar muito o médico no fornecimento do diagnóstico”.

 São vários os desafios que esses jovens autistas enfrentam no ambiente escolar, como Interação Social e Comunicação, Sobrecarga Sensorial, Rotina e Flexibilidade, Aprendizado e Adaptações Acadêmicas, Bullying e Estigma, além de Ansiedade e Saúde Mental.

 Para promover a inclusão de alunos autistas na escola, Odila destaca alguns pontos: 

√ Implementação de planos educacionais individualizados (PEI);

√ Variação das estratégias de ensino para adequação às necessidades do aluno autista;

√ Avaliações adaptadas;

√ Treinamento de professores para compreender as necessidades dos alunos autistas;

√ Espaços tranquilos para momentos de regulação sensorial;

√ Promoção de uma cultura escolar inclusiva e combate ao bullying;

√ Comunicação clara e previsível para evitar ansiedade.

 “O Dia Mundial de Conscientização do Autismo reforça a importância de um olhar mais empático e informado, incentivando políticas públicas eficazes e a construção de um mundo mais acessível para todos. Afinal, compreender e apoiar as pessoas autistas não é apenas um ato de solidariedade, mas um passo essencial para uma sociedade verdadeiramente inclusiva”, finaliza Lenon.



Sobre a fita: Representando mistério e complexidade, em 1999 foi adotada a fita com peças de quebra-cabeça coloridas como sinal universal de conscientização sobre o autismo. As diferentes cores representam a diversidade de pessoas e famílias que convivem com o TEA e as cores fortes representam a esperança em relação aos tratamentos e ao acolhimento dessas pessoas pela sociedade em geral. A marca é muito utilizada para identificar locais onde pessoas com TEA são bem-vindas.