CAMPUS CAMPOS CENTRO

Notícias

Entrevista

Egresso de curso técnico do Cefet Campos volta ao IFFluminense com O Pequeno Príncipe

por Comunicação Social do Campus Campos Centro publicado 16/08/2016 10h24, última modificação 16/08/2016 19h39
Cronista, poeta e ator, ele esteve na instituição no período de 1999 a 2002 e após concluir a graduação no Rio de Janeiro, tenta viabilizar um curso de mestrado em Londres.
Valdemy na apresentação do trabalho no campus (Foto: Núcleo de Imagens do IFFluminense/Diomarcelo Pessanha

O ator e ex-aluno do Instituto, Valdemy Braga, apresentou o Pequeno Príncipe no campus

A tarde da sexta-feira 05 de agosto, recentemente passada, foi especial para o ex-estudante do curso Técnico de Informática do IFFluminense, Valdemy Braga. Tanto que na véspera ele desmanchava-se pelo Face: “emoção que não cabe: depois de 17 anos eu retorno ao IFF (pra mim, Escola Técnica Federal, CEFET, rs) e como um PEQUENO PRÍNCIPE”. Com a performance, que conta parcialmente a história do encantador personagem do francês Antoine de Sant-Exupéry, Valdemy colhe reações de encanto e manifestações inusitadas de diferentes plateias. Seu retorno à instituição fez parte de uma programação especial desenvolvida para crianças de uma escola municipal de Campos dos Goytacazes pelo projeto de extensão Com Gosto de Férias. Valdemy sai mas volta. Retornando apresenta novidades importantes para ele e qualquer aluno ou egresso: a vida segue e bem. O artista acaba de conquistar uma vaga em curso de mestrado da University of Essex. Após a apresentação do Pequeno Príncipe, ele concedeu a entrevista a seguir para a Comunicação do Campus. 

Como o público do interior tem reagido a esse espetáculo de um autor mundializado?

 Valdemy Braga - As crianças seguem muito bem o espetáculo. Quando tem o momento de conversar, quando me mandam um retorno depois, o que de mais interessante eu ouvi foi uma mãe dizer que ela não conseguia lembrar qual era o sonho dela. O espetáculo criou um certo constrangimento. Durante a apresentação, logo na cena inicial, quando eu falo de você ter um sonho e realizar esse sonho, na queda no deserto, uma mulher disse: “meu Deus, será que eu vivo no deserto, porque eu não lembro qual era o sonho da minha vida!”

Isso foi marcante...

Valdemy – Nossa! Demais! Em Goiânia teve o Ryan, eu jamais esquecerei esse nome, um menino de uns 13 anos, cujo sonho é ser piloto de Fórmula 1. Por acaso, depois da apresentação, eles dividiram vários pequenos grupos e a mãe estava atrás dele. Quando ele falava qual era seu sonho, ela balançava o dedo que não. Então eu falei: penso que a senhora é a mãe do Ryan, a senhora está na negativa... E ela: “é eu sou a mãe dele e jamais permitiria meu filho ser um piloto de Fórmula 1, por conta da dificuldade de chegar até esse local, do risco que impõe a profissão”. E ai eu retorno ao texto na parte em que falo da flor: “é preciso que eu suporte as larvas se quiser conhecer as borboletas”. 

Você é ex-aluno do IFFluminense, em curso técnico, que prepara para o mercado, para a competência técnica e tecnológica. Isso trouxe uma contribuição para o artista?

Valdemy – Acho o ensino do IFF extremamente criativo e libertador. Mesmo quando eu cursava o técnico em informática – quando ia fazer, por exemplo, a questão de programação viajava na cor do layout que estava fazendo. Na estruturação da fonte, da letra... Você para e pensa: que eu tenho no dia a dia que a informática pode me servir? Tem esse negócio de levar o aluno para o pragmatismo criativo. Acho que eu acabo usando um pouco disso também no meu trabalho.

O mestrado complementaria a sua formação?

Valdemy – É um curso de mestrado em que discute-se a interpretação, cena para o teatro, cinema e televisão. Focando mais em teatro. A universidade, Excess, é uma referência em discussão e pesquisa em William Shakespeare, o que me deixa muito feliz porque tenho uma paixão pelo trabalho dele. Uma das minhas cenas para aprovação no mestrado foi de Shakespeare e eu acho que vai ser um divisor de águas, principalmente por eu estar na Europa.

Clique AQUI para ler a entrevista na íntegra.

Antonio Barros - Comunicação Social do Campus Campos Centro