A participação de servidores e alunos do IFF Campus Campos Centro acontece em mesas-redondas, peças teatrais e lançamento de livros. O espetáculo teatral "A Casa de Bernarda Alba" marcou presença na segunda-feira (07) à noite, na Arena Cultural. A peça, de Federico Garcìa Lorca, aborda o universo feminino e o machismo ao seu redor, cultura muito antiga que ainda persiste até os dias atuais. O grupo de atores do núcleo de teatro físico, um projeto de pesquisa e extensão que faz parte da Licenciatura em Teatro, recorre ao simbolismo para realizar uma nova investida no teatro.

   A convite da Pró-reitoria de Extensão, no sábado (05), ocorreu a mesa de conversa "Lima Barreto, do silêncio ao grito 100 anos depois", com os professores da Licenciatura em Letras Adriano Moura, Talita Barros e Thiago Eugênio. Sugerida pelo professor Adriano, a mesa argumenta o centenário de falecimento de um homem a frente do seu tempo com uma linguagem literária acessível e coloquial. "É realmente gratificante participar de um evento aberto à comunidade externa, pois estamos fora da sala de aula e conseguimos dialogar para além da parede dos alunos, passando conhecimento acadêmico de uma forma mais descontraída e aberta", acrescenta o professor Thiago Eugênio.

   A festa literária também contou com a mesa "Quebrando muros como fronteira social de Campos dos Goytacazes" na parte da noite, de Joilson Barcelos, Neilton Ribeiro e Ronaldo Junior, aluno do curso de Licenciatura em Letras. Ronaldo também é presidente do Clube de Leitura Hibisco Roxo, que se reúne mensalmente para discutir a leitura do mês, e, nesse mês, o local de escolha para a reunião da discussão foi a praça de alimentação do Guarus Plaza Shopping.

   Memórias - A Essentia Editora, coordenação subordinada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Instituto Federal Fluminense (IFF), criada em 2006, também está participando integralmente do evento. Com 62 livros publicados, a editora viu a Bienal como uma oportunidade para mostrar todo o seu acervo e estreitar os laços culturais com a comunidade de Campos.

   Daniela Balduino, coordenadora executiva da Essentia, comentou sobre a experiência: "Está sendo bastante enriquecedora, pois temos a oportunidade de mostrar toda uma produção acadêmica, cultural e histórica de memórias. Muitas pessoas não possuem esse contato direto com a editora, pois ficamos distantes, então estar aqui e poder mostrar a sociedade o que a gente tem, além de saberem que podem ter acesso a todas essas publicações, é muito válido e muito importante para o nosso trabalho".

   A Bienal 2022 seguiu abrindo espaço para os autores do município por meio de tardes de autógrafos realizadas no espaço do Café Literário. Na ocasião, Antônio Júnior Persí, aluno do curso de Letras, lançou "A Costura" e "O Mortiço". Segundo ele, "ver alunos do curso de Letras lançando livros é um ato revolucionário. Sinto muito orgulho de ser um desses alunos!" O Professor Thiago Eugênio diz que "é uma honra que o curso de Letras tenha contribuído para a carreira literária, mas eu acredito que os interesses artísticos, a criatividade e a disciplina com o trabalho da escrita é uma coisa que parte da individualidade. Todos eles são escritores e agentes da literatura independente do curso."