A lenta recuperação econômica do Brasil atrapalha a geração de empregos. Mas, especialistas do setor petrolífero afirmam que alguns postos de trabalhos estão vazios por falta de mão de obra qualificada. E para quem tem o ensino médio técnico e quer trabalhar em uma plataforma de petróleo, a leitura do livro “Educação e indústria petrolífera” é uma oportunidade de conhecer o perfil do trabalhador que é contratado pelas empresas e um estímulo para buscar mais qualificação.

A obra é resultado de três dissertações de mestrado elaboradas pelas professoras do Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro Ana Paula Rangel, Edméa Barbosa Nogueira Dias e Roberta do Rosário Siqueira Mota Alvarenga. Elas realizaram pesquisas qualitativas com 30 empresas, na maioria multinacionais, e descobriram qual o nível de conhecimento em matemática, português e inglês que é cobrado em processos seletivos.

O livro será vendido por R$ 25 na 26ª Semana do Saber-Fazer-Saber que começa nesta quinta-feira, 31 de outubro, e vai até 1º de novembro. Estudantes do IFF poderão adquiri-lo por R$ 20.

Exigências do mercado

Em entrevistas com trabalhadores de nível médio técnico e recrutadores, Ana Paula descobriu que é fundamental ter certo domínio de cálculo numérico, lógica, conhecimento em unidades da física e em novas tecnologias como a operação de software e planilhas.

A comunicação em inglês abre portas para o trabalhador ascender na carreira, de acordo com a pesquisa feita por Edméa. “O livro apresenta o resultado dessas pesquisas para as quais foram feitas entrevistas com as empresas do complexo petrolífero Norte Fluminense sobre o processo seletivo, as características e o perfil do candidato a uma vaga e o que o mercado quer desse profissional”, afirma.

A formação em língua portuguesa, para os recrutadores, ultrapassa a questão técnica, segundo conta no livro a professora Roberta. A competência de leitura e escrita é testada na prática nos processos seletivos. “O livro aponta caminhos para estudantes e professores que atuam em cursos técnicos”, disse.