A pesquisa “Quem somos nós?” realiza a sua 2ª edição neste ano para saber o perfil socioeconômico dos estudantes do Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Campos Centro e as principais dificuldades encontradas por eles no dia a dia que podem influenciar na decisão de permanecer ou não na escola. O formulário eletrônico com as perguntas vai ficar disponível até o dia 30 de maio. Para acessá-lo, é preciso ter um e-mail Gsuite do IFF.
    O Núcleo de Estudos sobre Acesso e Permanência na Educação do IFF Campos Centro idealizou a pesquisa para que a formulação das políticas de assistência estudantil e de ensino esteja sustentada em dados mais próximos da realidade dos (as) alunos (as).  Nesta ano, a iniciativa conta com a parceria dos Núcleos de Estudos sobre Gêneros, Diversidade e Sexualidades (Nugedis) e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi).
    A coordenadora do projeto e psicóloga da Coordenação de Apoio ao Estudante (CAE), Rhena Shuler, disse que a pesquisa é uma forma do estudante participar das decisões que irão impactar sua vida acadêmica. “A importância da pesquisa é conhecer o perfil atual dos estudantes e o que eles relatam sobre a relação deles com o IFF, para assim pensar em ações a partir do olhar do estudante e das necessidades deles”, explica.
    A pesquisa quer saber a forma de ingresso no IFFluminense, idade, sexo, renda, orientação sexual, meio de transporte, tempo de deslocamento até o campus e se o (a) aluno (a) já foi alvo de algum tipo de preconceito nas dependências do IFF Campos Centro.

1º levantamento
    A pesquisa realizada em 2021 abrangeu também o IFF Cambuci, mas neste ano só os estudantes do IFF Campos Centro poderão responder. No ano passado, dos 7.362 alunos (as) matriculados neste campus, 718 responderam as perguntas, enquanto 32 discentes daquela unidade enviaram as suas respostas.
    A primeira edição da pesquisa “Quem somos nós” conseguiu chegar à conclusão de que há uma parcela de jovens que opta pelo acesso por meio das cotas, mas que acaba ingressando na reserva de vagas da ampla concorrência em razão da nota.
  “Este dado, corroborado pelos dados obtidos no formulário, interferem na obtenção dos auxílios ofertados pela assistência estudantil dos campi. Os estudantes cotistas têm preferência na obtenção de bolsas e auxílios. Com a entrada por ampla concorrência, o estudante sai do perfil para os auxílios, podendo prejudicar sua permanência na instituição. Lembrando que ter estudado em escola pública é a base para cotas”, afirma documento que descreveu os resultados da pesquisa.