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Simulação de homicídio permite explicar como a Ciência ajuda a polícia
por Comunicação Social do Campus Campos Centro
publicado
24/03/2017 18h40,
última modificação
27/03/2017 11h06
Atividade desenvolvida por licenciados de dois cursos fez parte de trabalhos orientados pelo Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (Life).
Licenciandos de Ciências da Natureza aplicando conceitos científicos durante simulação (Foto: Divulgação do grupo)
No primeiro semestre de 2016, estudantes das licenciaturas em Ciências da Natureza e Geografia elaboraram a atividade e no segundo partiram para a execução. Como o campus ainda acerta seu calendário acadêmico em decorrência da greve realizada pelos servidores em 2015, a prática aconteceu na terceira semana de março.
Denominado "O sangue fala: um projeto elucidativo para a consciência cidadã acerca de crimes contra a vida", o trabalho foi aplicado na escola parceira, o Colégio Estadual Rotary II e no Campus Campos Centro. Os licenciandos simularam, em uma das turmas do Ensino Médio, um homicídio cometido com ‘arma branca’, no caso uma faca.
Para a coleta de impressões digitais, a polícia técnica utiliza princípios da química recorrendo à aplicação da substância luminol. Na prática, ela faz aparecer, num efeito luminoso*, as impressões digitais deixadas no objeto.
- O pessoal interagiu legal. Os alunos ficaram curiosos e viram como a ciência pode atuar ali para solucionar esse tipo de coisa. Foram à cena do crime e a gente perguntava quais pistas que estavam lá que poderiam solucionar o mistério. Eles procuraram na cena – conta a estudante do sétimo período de Ciências da Natureza, Ellen Santos Fernandes.
Ao unir licenciandos de geografia e química na elaboração do projeto, os professores André de Carvalho e Sabrina Ferreira, da área de educação, pretenderam fazê-los desfrutar as possibilidades da interdisciplinaridade, como explica André: “assim agrega e enriquece mais o tema. O tema tem de ser maior que as disciplinas e se reportar a elas. A forma vai depender do projeto”.
A conclusão a que chegou Pamella Jeane, também do sétimo período de Ciências da Natureza, reforça a explicação do professor:
- Por ser algo interdisciplinar, a gente pode trabalhar vários conteúdos, isso é muito importante também. A gente pode perceber que eles participaram da simulação e observaram várias pistas, perguntando por que aconteceu isso e se acontece no dia a dia. Eles poderão entender se passar num telejornal. São temas que estão na sociedade.
De acordo com a professora Sabrina, a abordagem geográfica contemplou os temas da urbanização, segregação socioespacial e violência urbana em áreas vulneráveis. Esses conceitos têm sido referência em discussões acadêmicas sobre um possível tratamento diferenciado dado por representantes do Estado aos crimes nessas áreas, em relação àquelas com melhores condições socioespaciais.
*Luminol - Essa substância, usada pela polícia para detectar vestígios de sangue, provoca uma reação chamada quimiluminescência. Grosso modo, esse “palavrão” descreve uma reação química que libera energia sob a forma de luz. O luminol é um pó – formado por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio — que é diluído em água oxigenada. Essa solução, quando borrifada nos locais suspeitos, reage em contato com o ferro presente na hemoglobina do sangue e libera uma luz azulada, suficientemente forte para ser vista no escuro. (Fonte: mundoestranho.abril.com.br)