CAMPUS
MACAÉ
A transformação do discurso que oprime em linguagem autônoma e diversa
As noções de (pós)identidades cultural/social, racial/étnica, de gênero e sexual são repensadas a partir de uma perspectiva híbrida e diversificada na contemporaneidade. Isso se torna
possível por um viés questionador, e não mais por um caráter normativo e doutrinador. Através da análise de discursos que performam no plural, essas marcas subjetivas deixaram de ser entendidas
como sinônimo de consenso. Na escola, esses traços performam e são performados por corpos que se descobrem no espaço do aprendizado. Este, por sua vez, segundo Guacira Lopes Louro, deveria
experimentar um currículo que reavaliasse os estereótipos arquivados na memória da cultura
ocidental, patriarcal. Embasando-se nessa proposta de Louro, no IFFluminense, Campus Macaé, o
NUGEDIS – Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade – propõe o debate em torno das noções
de diversidade (trans)gênero e de diversidade sexual, por diferentes linhas de pensamento. Assim,
este projeto pretende organizar e desenvolver um diálogo movido pelos diferentes olhares e pelas
diversas vozes de servidoras/servidores e estudantes, além de outras pessoas, como estudantes de
outras escolas do município. Este projeto, que integra ações de ensino, pesquisa e extensão, busca
interação entre os participantes, a fim de estabelecer um processo ativo de ensino-aprendizagem ao
promover encontros que proponham a leitura de textos de gêneros diversificados. Dessas leituras
coletivas, espera-se despertar o interesse da comunidade escolar e adjacências pelas questões
pertinentes aos estudos sobre (trans)gênero e sexualidades, voltando a atenção para as
intersecções raciais/étnicas e de classe implicadas nas relações estabelecidas por esses temas. Por
conseguinte, este projeto procura promover a igualdade de direitos, responsabilidades e
oportunidades a todas, todos e todes, a fim de sanar a intolerância no espaço que é para ser do
aprendizado da autonomia: aprendizagem crítica, da não-ingenuidade, como ainda ensina Paulo
Freire.