Vivemos em uma sociedade herdeira de um sistema escravocrata e sob as marcas de um processo incompleto de abolição. Além disso, devemos reconhecer que no Brasil os povos indígenas foram dizimados e tiveram sua cultura silenciada e menosprezada por séculos de colonização. Neste sentido, o racismo estrutural permeia nossa história e está entranhada no tecido social. Para combater seus efeitos nefastos é imperioso que as instituições educacionais cumpram um papel ativo no sentido de promover ações efetivas para dar voz e vez aos grupos discriminados e às suas culturas invizibilizadas. Sabemos que cada local tem suas particularidades e queremos investigar as histórias de resistência das pessoas negras e indígenas em nossa região. Com esse projeto, executado dentro do âmbito do NEABI (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas) almejamos estruturar pesquisas sobre as comunidades locais para um diálogo antirracista sobre as vivências e histórias não documentadas, tendo como enfoque a história dos descendentes de escravizados e indígenas na região norte do estado do Rio de Janeiro, especificamente as cidades Macaé, Conceição de Macabu e Quissamã. O papel deste laboratório será guiar os estudos pertinentes a esta temática, com o objetivo de produzir uma historiografia afro-brasileira e indígena, democrática e antirracista da nossa região através de levantamento bibliográfico, debates, organização de eventos e produção de conteúdo ara as redes sociais. Além de desenvolvermos leituras e discussões sobre essas questões, almejamos produzir uma cartilha para educadores da região e promover eventos culturais pertinentes a temática.

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