CAMPUS MACAÉ

Ações afirmativas étnico-raciais nas instituições federais de ensino técnico de nível médio: estudos sobre suas relações no IFFluminense Campus Macaé

  • Coordenadora: Jessica Oliveira Monteiro

O projeto objetiva pesquisar sobre ações afirmativas étnico raciais nas instituições federais de ensino técnico de nível médio, tendo como recorte de análise o Campus Macaé do IFFluminense, contribuindo para o seu diagnóstico, aprimoramento e fortalecimento da construção de uma educação antirracista. Pretende-se assim, contribuir para o avanço científico na área educacional no que diz respeito à ações afirmativas étnico raciais na educação profissional e tecnológica, auxiliando na diminuição de lacunas existentes na sistematização e problematização de dados a respeito da questão, tendo como base de estudos o recorte supracitado. O fortalecimento de políticas de ações afirmativas, aqui em especial as relativas à questões étnico raciais, possui impacto social e econômico ao potencializar a formação profissional, a inserção no mercado de trabalho e no âmbito da produção científica e tecnológica de grupos historicamente subalternizados e discriminados, como é o caso de negros, indígenas e quilombolas. Portando, configura-se como medida de reparação história e de justiça social. Em geral, o projeto possui três frentes a trilhar: a de pesquisa e estudo de referências bibliográficas e normativas sobre a questão sociorracial no Brasil e sobre políticas de ação afirmativas étnico raciais na educação, com foco nas instituições federais de ensino técnico de nível médio; a de busca, sistematização de dados relativos ao ingresso, permanência e conclusão de cursos por estudantes cotistas raciais (negros, indígenas ou quilombolas) no IFFluminense Campus Macaé a partir de 2020, priorizando a educação básica; e a de articulação com parcerias internas (como Neabis) e externas (como movimentos sociais e setores afins da comunidade regional). A escolha pelos dados de ingressantes a partir de 2020 se deve a conformação se uma série temporal que permita analisarmos o percurso escolar após o ingresso, ou seja, indicadores de permanência, êxito, retenção, evasão e conclusão de cursos. Esperamos que os resultados do projeto possam mobilizar a proposição de formas de enriquecimento e valorização de experiências de jovens negros, indígenas e quilombolas em nossas instituições de ensino.

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