CAMPUS MACAÉ

Produção do espaço urbano e segregação racial na cidade de Macaé - RJ

  • Coordenador: Oseias Teixeira da Silva

O racismo é um elemento estrutural juntamente com a raça para a compreensão das formas desiguais de produção do espaço urbano. Apesar disso a segregração racial na literatura da geografia e de outras ciências sociais no Brasil é um tema relativamente menos estudado do que a segregação social. Acreditamos que no entanto, em um país que foi talvez o maior recebedor de escravos do planeta e em que os negros foram desumanizados pela instituição da escravatura e em que os negros foram excluídos dos postos de trabalho mais relevantes devido ao fato de que jamais houve qualquer tipo de política pública para inserir produtivamente os negros saídos das senzalas pelo contrário a política se deu no sentido de substituir o negro pela mão de obra imigrante no intuito de branquear o país pois o negro era então considerado uma raça inferior pelas elites brasileiras. Assim geração após geração mecanismos muito sutis de exclusão associados principalmente as condições relacionadas a vida familiar vão reproduzindo a situação do negro em condições de subalternidade o que pode ser facilmente visto pela imagem divulgada há um tempo atrás nas redes sociais que constrastava a foto de uma formatura de uma turma de medicina na UFBA, todos eles brancos, com a foto da formatura de uma turma de novos servidores contratados como garis pela empresa de limpeza pública da cidade do Rio de Janeiro, todos eles negros. Obviamente estes mecanismos e instituições racistas que temos no país terão influencia no processo de produção do espaço urbano, sendo que podemos apontar como hipótese, que as cidades brasileiras são segregadas socialmente mas também racialmente. O objetivo da presente pesquisa é justamente analisar como se dá a segregação racial na cidade de Macaé-RJ.

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