CAMPUS
MACAÉ
Rio Macaé, Conhecer para Conservar
"O saneamento básico desde a década de 1950 até o final do século passado, tem apresentado investimentos
de forma pontual se destacando em alguns períodos específicos, em destaque as décadas de 1970 e 1980.
Em decorrência disso, a discussão sobre saneamento básico no Brasil ainda está marcada por uma grande
desigualdade e déficit ao acesso, principalmente em relação à coleta e tratamento de esgoto. Atualmente,
esse setor tem recebido maior atenção governamental e há uma significativa quantidade de recursos ainda
para serem investidos. Entretanto, ainda é necessário que esses investimentos sejam sustentáveis. Portanto,
esse trabalho tem por objetivo sugerir medidas de coleta e tratamento de esgoto na Bacia Hidrográfica do
Rio Macaé, sobretudo medidas pautadas em soluções baseadas na natureza, considerando as diferentes
necessidades de qualidade de água requerida para os usos preponderantes e o estado atual de qualidade dos
mananciais da Bacia Hidrográfica do Rio Macaé, como forma de alcançar melhores condições na
qualidade de suas águas. A metodologia utilizada para o presente trabalho foi quali-quantitativa a partir de
análises bibliográficas e pesquisas documentais, com a finalidade de sugerir soluções para o tratamento de
efluentes sanitários das localidades compreendidas nos diferentes trechos BHRM. Os estudos têm
apontado para a evidência de que as ETEs não têm sido economicamente viáveis para algumas localidades
de baixa densidade populacional o que tem gerado a utilização de outros métodos de coleta e tratamento
de esgoto, por vezes mais eficientes e sustentáveis por se tratar de soluções baseadas na natureza. Com
relação às localidades que perpassam a BHRM, os dados obtidos revelam um comprometimento da
qualidade da água, em todos os trechos onde há adensamento populacional, e apresenta que mesmo com
esse panorama ainda há grande parte dos domicílios do território que não possuem meios adequados para
coleta/tratamento individual ou coletivo de seus efluentes. Logo, conclui-se que há a necessidade de
melhorias na disposição destes efluentes, entendendo que o saneamento básico é, sem dúvidas, uma
infraestrutura indispensável para a garantia da qualidade de vida das populações que pertencem direta ou
indiretamente à Bacia Hidrográfica do Rio Macaé."