Notícias
Cosncientização
IFF Guarus encerra o Novembro Negro com debate sobre o papel da escola no combate à adultização de crianças negras
O Instituto Federal Fluminense Campus Campos Guarus encerrou as atividades do Novembro Negro com uma manhã de palestra e reflexões sobre a valorização da identidade e da resistência negra no Brasil. O tema central do encontro foi “O papel da escola no combate à adultização de crianças negras”, reunindo estudantes, servidores e convidados externos para um diálogo necessário sobre racismo, educação e representatividade.
As palestras contaram com a participação das estudantes de Pedagogia do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam), Emanuelly dos Santos Valentim, Mariana Balthazar Bernardo e Samara Vitória Ribeiro Clemente Gomes, além da presença da Assistente Social Manuela Ramos, que também atua como Conselheira Tutelar em Campos dos Goytacazes, que contribuíram com reflexões sobre o papel transformador da escola e da formação docente na luta contra as desigualdades raciais.
Organizador do evento, o professor Gustavo Soffiati destacou a importância histórica do Dia da Consciência Negra, lembrando sua origem e simbolismo. “O Dia da Consciência Negra, proposto desde a década de 1970 e reconhecido como data importante ao longo do início do século atual, é mais um dos muitos momentos para reforçar o histórico de construção do Brasil pelos negros e sua resistência ao racismo, legado do longo período de escravidão no país. Para sua instituição foi escolhida a data registrada da morte de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, em 20 de novembro de 1695, como referência de um longo processo de luta que, só mais tarde, já no século XIX, culminou na gradual abolição da escravatura.”, explicou Gustavo.
Neste ano, completam-se 330 anos da morte de Zumbi dos Palmares, símbolo máximo da resistência negra e inspiração para a luta por igualdade e justiça social.
“Foi muito significativo trazermos ao IFF Guarus três estudantes que estão concluindo o curso de Pedagogia no Isepam e uma assistente social e militante do Movimento Negro Unificado para abordar e debater questões relativas à situação dos negros no Brasil na atualidade”, destacou Gustavo.
As palestras marcaram o último sábado letivo de 2026 do campus e ressaltou a relevância do debate e a importância de ações contínuas de valorização da cultura afro-brasileira e combate ao racismo em todos os espaços educacionais.