Pesquisadora do Instituto desperta interesse de universidades americanas com trabalho sobre realidade aumentada

 A sala de aula e a vida do lado de fora das escolas não têm andado no mesmo compasso. Mais ou menos assim: na escola pode-se levar dias para aprender um conteúdo virando páginas de livro lentamente, caderno e anotações do que está no quadro. Fora dela, com um smartphone nas mãos, um tablet, um notebook, o garoto (a) chega em algumas horas a um ‘estado de arte’ do assunto que anda em sua cabeça. Exemplo: tutorais do jogo Minecraft com sua legião de seguidores infanto juvenis.

 A professora Larissa Brum, 34 anos, está entre os pesquisadores que têm trabalhado duro para tornar o aprendizado altamente convergente com as tecnologias digitais e o fascínio que estas exercem. No seu caso, recorrendo à realidade aumentada aplicada à educação.

 Como acontece: o estudante abre o livro e posiciona a câmera de um dispositivo móvel. Acessa um aplicativo e este localiza um ‘marcador’ presente em imagens do livro. Pronto, a partir desse momento, áudio e vídeo convidam o usuário em questão a avançar no estudo adiantando-se e levando posteriormente a aula na sala para outro patamar. Essa é uma maneira de descrever o processo da realidade aumentada aplicada ao ensino da língua inglesa. Veja AQUI um exemplo.

 Larissa é professora de inglês do Centro de Línguas do IFFluminense (Celiff) e integra o Núcleo de Informática na Educação (NIE), tendo ingressado na instituição em 2010 pelo campus Quissamã. A professora pôde vivenciar experiência internacional com seu estudo. Estudante do doutorado em Cognição e Linguagem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Larissa chamou atenção na Universidade da Geórgia, de onde recebeu carta convite para se integrar aos colegas de área de estudo lá e apresentou um trabalho em Harvard, no final de setembro de 2015. Acabou, nessa ocasião, presidindo a mesa no evento, o Fórum Acadêmico do Século XXI.

(Larissa apresenta alguns resultados da pesquisa em congresso realizado na Universidade de Harvard, em 2015)

 De acordo com Larissa, “a ideia é fazer com que a realidade aumentada seja uma ferramenta para o ensino da língua”. Para o IFFluminense, além de ter seu nome institucional grafado no certificado expedido pela tradicional Harvard, uma contribuição promissora do trabalho da professora é a aplicação inicial de suas descobertas em aulas no Celiff.

 Aurasma – Artigo de Larissa e dos professores Sérgio Arruda e Carlos Henrique Medeiros explica que a “plataforma Aurasma permite ao usuário criar e publicar seus próprios objetos de interação virtual”. O aplicativo presente na plataforma, detalham os autores, “apresenta apenas as imagens e/ou sons da câmera. Ao posicionar a câmera do dispositivo na imagem do livro, o resultado é o surgimento de animações através de vídeos selecionados no Youtube e imagens capturadas da internet ou arquivo digital”.

 O processo pode ser facilmente compreendido no vídeo utilizado por Larissa em apresentações de sua pesquisa.

(A professora recebe certificado entregue por um dos organizadores do evento)