NEABI e Núcleo de Gênero mediam processo de sensibilização no campus Maricá
Tendo como propósitos formativos a criticidade, o diálogo e a reinvenção do cotidiano, por meio da sua problematização, os programas mediam ações no sentido de lançar convites ao pensar comum, num exercício de interrogar os padrões, os fundamentalismos e as dicotomias, que marcaram e marcam o pensamento social, político e cultural na atualidade.
O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do campus Avançado Maricá surgiu a partir de discussões iniciadas em projetos de pesquisa e ações realizadas no campus, como, por exemplo, o I Afro IFF, realizado em novembro de 2015. Para a professora e coordenadora do programa, Tássia Gabriele Balbi de Figueiredo e Cordeiro, “o NEABI tem como fundamento a reflexão acerca das relações étnico-raciais, provocando o debate e trabalhando para que essa temática seja uma questão de destaque no contexto do IFFluminense”.
Desde o início de suas atividades, o Núcleo já realizou diversos projetos e ações no campus, como a Semana da Consciência Indígena e o recente processo de sensibilização/discussão sobre a representatividade e empoderamento dos negros nas inserções sociais, culturais, políticas e econômicas. O Neabi conta, em sua equipe, com as colaboradoras Aline Azevedo e Fernanda Rabelo (professoras), a pedagoga Rafaela Reis, as bolsistas Vitória Machado e Giullia Costa e os voluntários Mariana Tezolim e Leonardo Filho.
(Visita à aldeia indígena Tekoa Ka'aguy Hovy Porã, promovida pelo Neabi)
O Núcleo de Gênero - Além da Palavra surgiu no contexto do eixo temático "Mulheres na Construção Civil", trabalhado durante o ano letivo de 2015, no Projeto Integrador, com os alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Edificações, visando fomentar a continuidade das discussões, uma vez que o espaço obteve repercussão entre os estudantes.
Para o professor e coordenador do Programa, Leonardo José Lopes, os estudos e as ações deste núcleo convergem para sensibilizar, tanto a comunidade escolar como a comunidade externa, para as múltiplas questões que norteiam os conceitos de gênero e diversidade sexual. “Trata-se, portanto, de refletir sobre a promoção da igualdade de direitos, o justo tratamento entre homens e mulheres e o respeito à diversidade sexual, necessidades presentes no contexto da sociedade em que nascemos, estudamos, vivemos e trabalhamos, negligenciadas em diversas instâncias", pontua Leonardo.
O Núcleo de Gênero conta com uma equipe composta por três docentes, duas bolsistas e seis voluntários, e realiza encontros quinzenais para planejamento de suas atividades. Dentre os trabalhos já realizados, podem ser destacados a programação do Dia Internacional da Mulher, em parceria com o Neabi, a realização da mesa-redonda com a temática “O porquê de se discutir Gênero na Escola?!” e a exposição fotográfica com o tema “Bela, Recatada e do Lar? Será?!”, entre outros.
A bolsista Eloise Marie Deniau diz que a exposição fotográfica gerou grande repercussão no campus. "O principal objetivo da exposição foi mostrar a todos que o problema não é ser bela, recatada e do lar, e sim que a mulher não precisa se enquadrar em algum padrão para ser respeitada e admirada. Discutir gênero na escola é mostrar que o respeito e a igualdade na sociedade é possível, e é por meio das relações sociais que a construção destes acontece”, afirma Eloise.
(Estudantes durante evento do Dia Internacional da Mulher)
A diretora do campus Avançado Maricá, Regiane Costa, destaca as ações dos Programas. “Em tempos em que precisamos repensar a escola pública pela, para e com a diferença, compor as ações com o Neabi e o Núcleo de Gênero tem sido um compromisso político-institucional resistente e emergente para alçarmos outros voos, outras vozes e outros olhares frente aos desafios trazidos pelo cotidiano”, ressalta Regiane.
Para conhecer todas as ações realizadas pelos dois programas, acesse as páginas do Neabi e do Núcleo de Gênero - Além da Palavra no Facebook.
Comunicação Social do campus Avançado Maricá com Reitoria