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Pesquisas do Mestrado em Ensino e suas Tecnologias trazem ganhos para sala de aula
Os smartphones podem ser um problema na sala de aula quando concorrem em atenção com os professores. Mas sua apropriação pelos docentes como ferramenta de aprendizado pode subverter isso. Esse é o caso das dissertações a serem defendidas por três alunas do Mestrado Profissional em Ensino e suas Tecnologias (MPET), oferecido no Campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF). Nessa quarta-feira, 28 de agosto, às 9h30min, a professora de matemática Rosivar Marra Leite Sanches apresentará a pesquisa Metodologia Sala de Aula Invertida nas aulas de Matemática Financeira Básica: Uma proposta pedagógica para o ensino médio. A metodologia Sala de Aula Invertida (SAI) propõe uma alternância entre atividades presenciais e a distância.
A professora elaborou uma proposta pedagógica em que ao método SAI somaram-se atividades como produção de vídeo, vídeo aulas, problemas contextualizados e os aplicativos Matemática Financeira e Wisecash. Os alunos chegavam às aulas com os conteúdos já estudados e trabalhados no ambiente on-line, aplicativos e nos recursos elaborados pela professora - vídeos e power point, entre eles. Entre os resultados, a professora Rosivar relata que "a metodologia SAI foi bem aceita e trouxe contribuições significativas para estudo dos conteúdos de Matemática Financeira e dos temas de Educação Financeira", por sua vez "as aulas de Matemática tornaram-se mais dinâmicas com a adoção da SAI".
Os alunos são do terceiro ano do Curso Normal em nível Médio de uma escola pública estadual. Um deles contempla o trabalho da pesquisadora com a afirmação: "Não gostava muito, mas o jeito que a professora Rosivar ensina me fez criar um amor pela Matemática".
Outras defesas - Também nessa quarta-feira, às 15 horas, haverá a defesa da pesquisa Sequência Didática para Biologia: Uso Pedagógico de Smartphones em uma Proposta Baseada na Metodologia dos Três Momentos Pedagógicos. No trabalho, a professora de Biologia da Escola Estadual Thiers Cardoso, Marcelle de Oliveira Manhães, emprega o aplicativo Expedições e óculos de realidade virtual aumentada feitos com lente e papelão. Os alunos baixam o aplicativo no telefone e para fazer um tour em realidade aumentada é preciso imprimir um marcador (disponível no próprio aplicativo). A câmera do telefone faz a leitura do marcador e projeta diferentes imagens vistas com os óculos.
Dessa maneira, a exploração de órgãos do corpo humano, por exemplo, ganha maior atratividade com os recursos tridimensionais. Em maio, a pesquisa de Marcelle chamou a atenção da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) e da imprensa, que divulgaram na internet o trabalho da professora e aluna do MPET.
Já na quinta-feira, 20 de agosto, às 14 horas, a professora Suély Gomes da Silva fará a defesa de sua pesquisa Construção Coletiva de Insetário Mediado por Ambiente Virtual de Aprendizagem. O insetário está em um aplicativo disponível para smartphones. A pesquisa foi aplicada em quatro turmas do curso técnico de agropecuária, três do integrado e um do concomitante, no Campus Bom Jesus do Itabapoana do IFF. "A gente teve como retorno uma inserção grande pela facilidade, porque a qualquer momento eles estavam com o celular e podiam acessar. Puderam perceber a presença dos insetos durante a aplicação da pesquisa e o envolvimento de familiares. Como estavam num processo de construção do conhecimento entomológico, a família também foi envolvida.", detalha a professora Suély.
Os alunos trabalharam com oito ordens de insetos mais comuns de serem encontradas em Bom Jesus e que têm presença na agricultura, que é o foco do curso. Vários conhecimentos foram adquiridos na sala de aula e no ambiente virtual como explica a professora: “O aluno precisa entender o que é inseto, o que ele faz, quais são as ordens, como controlar, o que é praga e o que não é, como a gente descobre isso".