Polo de Inovação desenvolve Anemômetro aerotransportável

Embarcado em drones, o datalogger instrumentado é capaz de registrar parâmetros atmosféricos, que fazem parte de estudos de viabilidade para instalação de geradores eólicos.

 

(Prova de conceito do AIA)

 O Anemômetro Instrumentado Autônomo (AIA), aerotransportável, que mede a velocidade do vento, temperatura e umidade, em alturas de até 100 metros, foi desenvolvido pelo Polo de Inovação Campos dos Goytacazes (PICG) do IFFluminense – Embrapii, por meio do Centro de Referência em Sistemas Embarcados e Aeroespaciais (CRSEA), com utilização de materiais reciclados e peças fabricadas na impressora 3D.

 A construção do AIA atende a um pedido do professor José Carlos Mendonça, do setor de Agrometeorologia, do Laboratório de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que utilizará o equipamento em pesquisas para determinar o potencial eólico de determinadas regiões do Brasil, para uso de energia renovável.

 De acordo com o professor do Curso de Engenharia de Controle e Automação do Campus Campos Centro e coordenador do CRSEA, William Vianna, que desenvolveu o projeto, junto aos estudantes João Mothé e Caio Peixoto, há torres anemométricas que medem estes parâmetros atmosféricos, mas não possuem mobilidade e têm um custo elevado.

 “Os pesquisadores da Uenf precisavam de um equipamento que tivesse um peso máximo de 200g para ser transportado em drones ou quadricópteros de baixa capacidade de carga. Desenvolvemos o primeiro AIA, que é uma espécie de estação meteorológica aerotransportável, com apenas 117g, para a prova de conceito, que foi realizada com sucesso, no dia 02 de dezembro deste ano”, explica William, acrescentando que o equipamento “transmite as informações atmosféricas em radiofrequência e conta com um software para smartphone, que gera um arquivo com todos os dados, no celular”, destaca.

 Após a prova de conceito, a equipe do CRSEA está desenvolvendo um protótipo definitivo, para atender aos pesquisadores da Uenf e às futuras pesquisas do Polo de Inovação. “O modelo, que deverá ter cerca de 170g, medirá a temperatura, velocidade do vento e umidade com maior precisão”, afirma William.

 O diretor do Polo de Inovação, Rogério Atem, destaca o baixo custo do equipamento. “O sistema permitirá mobilidade e redução de custo comparando com as tradicionais torres meteorológicas com alturas equivalentes”.

 O professor José Carlos Mendonça (Uenf) ressalta a importância da parceria com o Polo de Inovação. “Achar essa equipe foi um presente. Eles têm um potencial para desenvolver estes equipamentos, que nós não temos. A ideia é que essa parceria evolua para que a gente gere novos produtos e tecnologias para o Brasil, utilizando a experiência destes profissionais com o nosso instrumental e experiência na área de meteorologia agrícola”, conclui o pesquisador.

(Modelo inicial do anemômetro aerotransportável)

  

Comunicação Social do Polo de Inovação com Reitoria