Polo de Inovação poderá financiar pequenos negócios de inovação industrial

Parceria Embrapii-Sebrae subsidiará empresas interessadas em investir neste tipo de projeto.

 Contrato assinado pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) subsidiará pequenas empresas interessadas em investir em projetos de inovação industrial.

 No Instituto Federal Fluminense, o Polo de Inovação Campos dos Goytacazes (PICG), é credenciado pela Embrapii para financiamento desses projetos. “Essas parcerias são muito importantes, pois, atualmente, boa parte da inovação acontece em pequenas empresas e mesmo startups recém-criadas. De uma maneira geral, muitas destas surgem ao redor de uma ideia inovadora, que se torna o foco dessas empresas, fazendo com que esse tipo de empresa seja parte dos sistemas de inovação nos países”, destaca Rogério Atem, diretor do Polo de Inovação.

 O diretor acrescenta que o universo de pequenas empresas é responsável por boa parte dos empregos no país. “Dessa forma, estimulá-las através da inovação lhes fornece mais subsídios para que possam competir em melhores condições”.

 A parceria Embrapii-Sebrae, formalizada no dia 12 de junho de 2017, em São Paulo, prevê a liberação de R$ 20 milhões em duas linhas de financiamento: a primeira, voltada para o desenvolvimento tecnológico, destina-se apenas aos microempreendedores individuais, startups, micro e pequenas empresas. A segunda é destinada ao encadeamento tecnológico e pode contar com empresas de todos os portes.

 O Polo de Inovação do IFFluminense está aguardando a autorização da Embrapii, prevista para acontecer no final do mês de julho, para iniciar este tipo de projeto, mas já mantém negociação com interessados. Rogério explica que nos projetos de Desenvolvimento Tecnológico, uma pequena empresa se torna parceira do PICG sozinha, já nos projetos de Encadeamento Tecnológico, uma pequena e uma média ou grande empresa se juntam em uma mesma demanda de projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

 “Pelas normas do acordo com o Sebrae, estes projetos devem ser desenvolvidos em uma proporção 1 para 1. Assim, poderemos cobrir desde demandas individuais de empresas de pequeno porte até demandas de empresas maiores feitas a pequenas empresas, que podem então recorrer ao PICG para o desenvolvimento e financiamento deste desenvolvimento”, explica Rogério, acrescentando que existe, também, uma iniciativa do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), que permite financiar a juros e prazos mais adequados a parte que as pequenas empresas têm que investir nestes projetos. “Dessa forma, é possível para uma empresa desenvolver integralmente seu projeto mesmo que não tenha o total do investimento naquele momento”, destaca. 

(Parte da equipe do Polo de Inovação durante participação na Feira Brasil Offshore 2017)

 

*Com informações da Embrapii